Imagem: Ilustração |
Por
intermédio de sua assessoria de comunicação social, a Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) repudiou o gesto do governo
Donald Trump.
Leia
abaixo:
A Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia(Febrasgo) vem a público
expressar indignação quanto à atitude do atual Governo dos Estados Unidos de
tentar tirar da pauta de recente reunião da Assembleia Mundial da Saúde, em
Genebra, Suíça, recomendação sobre a relevância do incentivo às políticas de
aleitamento materno. É público, lamentavelmente, que houve inclusive
intimidação a outras nações, como ameaças de corte de verbas e de retirada de
apoio militar. A Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno (CNE)
da Febrasgo compreende que a conduta dos representantes norte-americanos
significa uma irresponsabilidade em termos de saúde pública e da proteção
social da humanidade. Certamente coloca em risco a vida de milhares de crianças
ao redor do mundo. Estimativas recentes sugerem que a amamentação, se fosse
ampliada para níveis universais, poderia prevenir cerca de 12% das mortes de
crianças menores de cinco anos de idade a cada ano, ou cerca de 820 mil mortes
em países de média e baixa renda. Todos os estudos científicos publicados sobre
o tema comprovam que o leite materno é o único alimento completo para o
recém-nascido durante os seis primeiros meses e suplementado com outros
alimentos, até os dois anos ou mais. A amamentação protege a criança, evitando
doenças físicas e mentais, diminuindo a mortalidade infantil e a subnutrição. A Febrasgo, por meio da CNE de Aleitamento
Materno registra completo desapontamento com tal posição. É inaceitável que
interesses econômicos suplantem a defesa da saúde, ignorando e insuflando o
descumprimento de recomendações da OMS. A República Federativa do Brasil tem
obrigação de se posicionar contra quaisquer ações deste gênero, pontuando incisivamente
seu apoio às políticas de promoção ao aleitamento materno no País e em todo o
planeta, como segurança à saúde das futuras gerações.
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