Foto: Fábio Cortez/Assecom ALRN |
O
debate em torno do fechamento das Centrais de Abastecimento do RN (Ceasa) foi
tema de mais um pronunciamento durante a sessão plenária na Assembleia
Legislativa do RN, nesta quarta-feira (19).
A
deputada Márcia Maia falou sobre o assunto e ressaltou os impactos econômicos e
sociais gerados a partir da decisão judicial e disse que espera uma solução
definitiva para o local.
“Cerca de 50 mil
famílias serão prejudicadas com o fechamento da Ceasa e o prejuízo diário aos
permissionários é de R$ 500 mil. Além disso há o risco de desabastecimento de
hotéis, restaurantes e hospitais, por exemplo”, falou Márcia Maia, que esteve
reunida com o representante da Associação dos Permissionários.
Entre
os impactos, a deputada citou ainda que quatro mil famílias devem ser
prejudicadas diretamente com o fechamento da Ceasa, além do risco de
apodrecimento dos produtos vindo nas carretas de outros estados, frisou
informação da assessoria de imprensa da ALRN.
Ainda
de acordo com a deputada, 30 mil pessoas circulam diariamente nos boxes da
Ceasa; 428 permissionários atuam no local; existem 188 boxes de vendas de
produtos alimentícios.
O
valor comercializado na produção agrícola é R$ 60 milhões e 100 mil produtores
rurais devem ser prejudicados com o fechamento.
Márcia
Maia destacou que os permissionários pagam um valor mensal para comercializarem
no local, e há um movimento para adiantar o pagamento na expectativa de
contribuir com as obras que precisam ser executadas.
“O Governo do Estado vai tentar negociar
junto ao Ministério Público um Termo de Ajustamento de Conduta que possa
impedir a interdição completa da Ceasa. Mesmo que seja deferido, é importante
que o problema seja resolvido e que o Governo cumpra as medidas recomendadas
pelo Ministério Público”, disse.
A
principal irregularidade é que a taxa de impermeabilização acima de 80% do
local, que impede a drenagem natural interna dos lotes.
Há
uma canalização das águas pluviais para as tubulações do sistema de esgotamento
sanitário, que está dimensionado para receber apenas os esgotos e não água de
chuva.
Em
aparte, o deputado Getúlio Rêgo (DEM) reforçou os transtornos que podem ser
causados com o fechamento da Central e destacou que a ALN está inserida no
contexto de defesa de funcionamento da Ceasa.
Ele
disse também que uma audiência de conciliação está marcada para a próxima
sexta-feira (21) entre Governo e Tribunal de Justiça do RN.
O
deputado Fernando Mineiro (PT) esclareceu que essa ação não tem relação com a
questão de tráfego na região ou problemas de trânsito, defendendo assim a
permanência da Ceasa no local.
Carlos
Augusto Maia (PSD) disse que defende uma reorganização da Central de
Abastecimento.
“Não sou a favor do fim das atividades na
Ceasa e sim uma reorganização, inclusive a possibilidade de uma segunda
unidade, mas não a transferência imediata. Isso deve ser feito através de um
estudo. Se o Governo optar pela transferência, sugiro que seja para Parnamirim,
pela melhor localização”, disse Carlos Augusto.
O
parlamentar tinha uma audiência pública agendada para tratar da transferência
da Ceasa, um assunto que segundo ele, é discutido há mais de um ano, mas para
não atrapalhar a atual discussão, Carlos Augusto Maia cancelou a discussão.
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