Foto: Assessoria MPF/RN |
O
procurador da República Bruno Lamenha se reuniu, nesta última quarta-feira
(30), com integrantes da comunidade cigana da etnia Calon, no município de
Equador, a 280 quilômetros de Natal.
Parte
da visita foi acompanhada pela prefeita Noeide Sabino (DEM) e integrantes da
Secretaria Municipal de Assistência Social, ressalta informação da assessoria
de imprensa do MPF/RN, na capital do Estado.
Os
ciganos, 18 famílias ao todo, deixaram a vida nômade e vivem na cidade de
Equador, em sua maioria na Rua Joaquim Pedro, em residências pequenas que
comportam famílias numerosas.
Representantes
da comunidade alegam que o dialeto e os costumes ciganos vêm sendo preservados,
apesar de viverem na área urbana e dos preconceitos que sofrem.
Dentre
os problemas enfrentados estão a falta de infraestrutura das moradias, o
desemprego e o fato de grande parcela das famílias dependerem de auxílios como
o programa Bolsa Família e ajuda da Prefeitura local.
Parte
dos adultos sabe escrever apenas o próprio nome e muitos temem expor sua
cultura em ambientes públicos, por medo de discriminação.
Essa
discriminação não se resumiria a “olhares tortos” do restante da população.
Segundo eles, os ciganos são preteridos em vagas de empregos, pois sofrem com a desconfiança dos demais, que desconhecem seus costumes e tradições.
Segundo eles, os ciganos são preteridos em vagas de empregos, pois sofrem com a desconfiança dos demais, que desconhecem seus costumes e tradições.
Até
mesmo nas unidades de saúde o preconceito estaria fazendo com que fossem atendidos
com menos celeridade.
Dentre
as medidas necessárias a garantir os direitos desses cidadãos, uma defendida
por toda a comunidade é a adoção de projetos escolares ou seminários que possam
ensinar os estudantes sobre a cultura dos ciganos e, assim, minimizar o
preconceito junto às novas gerações.
Eles
também cobraram melhoria nos imóveis e incentivo à educação básica dos adultos.
Outra
reivindicação é o funcionamento concreto da Associação da Comunidade Cigana de
Equador, que ainda depende de formalização junto ao cartório.
Ao
mesmo tempo, as famílias solicitam campanhas de incentivo nas empresas para que
os ciganos possam ser incluídos no mercado de trabalho.
Bruno
Lamenha irá analisar os pleitos da comunidade e estudar iniciativas que
garantam a execução das políticas públicas adequadas à sobrevivência e à
perpetuação das tradições e costumes da comunidade.
Uma
das possibilidades é a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
com a prefeitura local e outros entes públicos.
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