"Luizinho"/Reprodução |
Uma
ação penal movida pelo Ministério Público Federal no RN (MPF/RN) resultou na
condenação do ex-prefeito de Macaíba, região da Grande Natal, Luiz Gonzaga Soares, por corrupção
passiva e crime de quadrilha, dentro do esquema descoberto pela Operação Hígia.
O
esquema envolvia irregularidades cometidas na contratação de serviços de mão de
obra pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), entre 2004 e 2006,
frisa informação da assessoria de imprensa do MPF, na capital do estado .
Da
sentença, de sete anos e seis meses de reclusão, ainda cabem recursos e o MPF
irá apelar para aumentar a pena de Luizinho,
como é conhecido o réu.
De
acordo com o depoimento de dois dos principais operadores do esquema – Anderson
Miguel e Jane Alves, então proprietários da empresa A&G – Luiz Gonzaga
atuava como “emissário de Lauro Maia na
arrecadação da propina”, paga para garantir a manutenção dos contratos da
empresa com a secretaria.
Jane
Alves declarou que mensalmente, entre 2004 e 2006, eram entregues a Luizinho,
geralmente na sede da A&G, R$ 25 mil, sendo que R$ 5 mil ficavam com ele e
o restante era repassado a Lauro Maia.
A
empresária chegou a conversar em três ocasiões com Lauro, filho da então
governadora Wilma de Faria, para tratar dos contratos com a Sesap, tendo sido
Luiz Gonzaga o intermediador dos diálogos.
Caso
a empresa não pagasse 10% de propina, perderia as contratações ou sofreria
atraso no recebimento dos recursos públicos.
Em
seu mais recente depoimento, no dia 26 de novembro de 2015, Jane Alves
confirmou que, quando Luizinho não ia
até à sede da A&G, ela o procurava e entregava a propina em mãos.
Luiz
Gonzaga trabalhou em uma campanha de Lauro Maia, o que explica a troca de
favores entre ambos.
Para
o juiz federal Gustavo Henrique de Oliveira, autor da sentença, os áudios de
interceptação telefônica registrando conversas de Anderson, Jane Alves e do
próprio Luizinho, dentre outros, deixa evidente o papel de intermediação
desempenhado pelo réu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário