Foto: Alexssandro Loyola/Assessoria |
Alvo
de recentes polêmicas, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o foco do novo
Projeto de Lei (PL nº 4.486) apresentado pelo deputado federal Rogério Marinho
(PSDB) na Câmara.
Pela
proposta, o BNCC precisará ser enviado pelo Poder Executivo para ser debatido e
aprovado pelo Congresso Nacional antes de sua implantação, adianta informação
da assessoria de imprensa do parlamentar, na capital do país.
O
BNCC tem como objetivo criar um currículo mínimo nacional no sistema de ensino.
Mas,
nas últimas semanas, ganhou repercussão o fato de que os especialistas
consultados pelo Ministério da Educação terem excluído da proposta temas
considerados fundamentais para a formação dos estudantes.
“Por evidente importância, é temerário que
somente o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE)
sejam os responsáveis pela elaboração e aprovação da base. O processo em si
mesmo já é condenável. Valoração tão importante para o futuro da nação deve ser
amparada num processo democrático pelos poderes executivo, legislativo e
comunidade educacional”, disse Rogério Marinho na justificativa do PL.
Para
Rogério, a sociedade precisa opinar, como está fazendo neste momento por meio
do CNE; o Executivo deve elaborar a matéria; e cabe ao Congresso, representante
legitimado pelo voto popular, decidir em última instância a revisão ou
aprovação do documento, “que poderá mudar
a vida escolar de mais de 50 milhões de estudantes matriculados no ensino
básico do Brasil”.
O
tucano acredita que “a participação da
sociedade, especialistas, Estados, Municípios e universidades, é condição
essencial para alcançar os resultados esperados com a implementação da BNCC”.
Além
disso, completa: “É fundamental que as
ideologias partidárias ou pessoais sejam deixadas de lado e o conhecimento
científico seja adotado na sua totalidade. Não é cabível que as comprovações
científicas, que as técnicas que, comprovadamente, funcionam sejam abandonadas
em nome de convicções pessoais dos formuladores ou dos partidos que estão no
poder”.
De
acordo com o deputado federal, “o
processo de construção da educação é uma questão de Estado, muito maior do que
qualquer convicção política ou ideológica. Os partidos passam, as pessoas
passam, mas o legado de uma educação de qualidade é permanente para o país. A
discussão em torno da base deve ser aberta, plural, não ideológica, flexível e
elaborada conforme evidências científicas”.
Pela
base deverão ser determinados os conhecimentos e as habilidades que cada
estudante brasileiro deverá aprender no decorrer de toda a educação básica.
Na
atualidade, os alunos saem da educação básica sem as habilidades relacionadas à
leitura, à escrita e ao raciocínio matemático, prejudicando também a
aprendizagem das ciências humanas ou ciências da natureza.
“A importância deste processo é evidente.
Está se definindo uma base de longo prazo e que exprime objetivos nacionais
sobre o que ensinar às crianças, e aos jovens do País. O que está em jogo é o
futuro que desejamos construir para a Nação. A reforma curricular deve estar
ligada a grandes objetivos de desenvolvimento e deve ser plenamente conhecida e
aprovada pela sociedade”, finalizou Rogério.
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