Foto: Eduardo Maia/Assecom ALRN |
A
saúde pública voltou a ser tema de debate na Assembleia Legislativa do RN.
Por
iniciativa do deputado Souza Neto (PHS), representantes do Governo do Estado,
Defensoria Pública do Estado do RN (DPE/RN) e dos servidores da área de saúde
do estado debateram a situação da política materno-infantil na região Oeste do
estado.
O
caso central da discussão foi o fechamento do Hospital da Mulher, em Mossoró, e
como está o atendimento à população da região.
"Nosso objetivo é discutir a situação e saber
qual a realidade do momento. O que todos querem, e nós também, é garantir
atendimento digno à população de Mossoró e de toda a região, inclusive de Areia
Branca, que é a minha cidade", explicou Souza Neto.
O
Hospital da Mulher “Parteira Maria Correia” está fechado desde dezembro e, com
isso, equipamentos foram transferidos para a Casa de Saúde Dix-sept
Rosado/Maternidade Almeida Castro, complexo administrado por interventores
judiciais após a decisão judicial pelo fechamento da unidade.
Segundo
o secretário estadual de Saúde Pública, George Antunes, é preciso que se
analise a situação em Mossoró antes de se cobrar a reabertura do Hospital da
Mulher.
De
acordo com George Antunes, o Governo tem buscado a descentralização dos
atendimentos de Saúde e cobrado a participação efetiva dos demais entes,
inclusive dos municípios, mesmo aceitando que o Governo do Estado tem a
obrigação de colaborar com as ações e condições para o atendimento à população.
Para
ele, Mossoró tem condições de suprir a demanda.
"Sempre estamos à disposição para conversar e
analisar o que for melhor à população, mas estamos agindo de acordo com decisão
judicial e a população tem recebido o atendimento", disse George
Antunes.
Em
comunicado encaminhado ao deputado Souza Neto, a Junta de Intervenção do Hospital
Maternidade Almeida Castro disse que a unidade restaurou os atendimentos desde
setembro de 2014, quando teve início a intervenção no local.
Atualmente,
170 leitos funcionam no hospital, sendo que 43 de atenção especial ao
recém-nascido prematuro, com baixo peso e ou qualquer outra patologia.
No
hospital, foram realizados 8.105 partos entre 1º de outubro de 2014 a 22 de
outubro de 2016, sendo 45% destes partos de Mossoró e os outros 55% dos municípios
vizinhos e do CE.
Apesar
da posição do secretário e do comunicado sobre a situação do atendimento
materno-infantil em Mossoró, o deputado Souza Neto ouviu apelos durante a
audiência de profissionais que atuam na área que cobraram a reabertura do
Hospital da Mulher.
A
DPE/RN, inclusive, é uma das partes que defende a abertura e ampliação do
atendimento.
Para
Souza Neto, é preciso se rediscutir o caso e buscar a participação do Poder
Judiciário para se chegar à melhor alternativa para a população de Mossoró.
"A Defensoria Pública já está questionando o
caso e vamos buscar ter novos encontros, dessa vez com a Justiça, para saber
qual o pensamento deles sobre a questão e analisar como é a real situação do
atendimento materno-infantil em Mossoró. O que temos que fazer é garantir o
atendimento à população", disse o deputado.
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