sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Agrotóxicos: Brasil fiscaliza só em 13 alimentos, enquanto EUA e Europa analisam 300

Num momento em que se disseminam os benefícios de uma alimentação saudável, com frutas, verduras e legumes, especialistas alertam para os riscos dessa opção.
Isso porque o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, mas a fiscalização é falha.
De 2002 a 2012, o mercado brasileiro de agrotóxicos cresceu 190%.
O setor movimentou US$ 10,5 bilhões, em 2013, ano de ouro para a agropecuária, que teve supersafra e preços de commodities em alta.
A análise dos alimentos que vão à mesa do consumidor, porém, é bem restrita.
No último relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2012, foram analisadas 3.293 amostras de apenas 13 alimentos – 5% do que é avaliado por EUA e Europa.
Desses, o resultado de apenas sete foram publicados até agora.
Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), e na Europa, a European Food Safety Authority (EFSA), analisam cerca de 300 tipos de alimentos por ano, inclusive industrializados. No Brasil, produtos como carnes, leite, ovos e industrializados não são sequer pesquisados, apesar de especialistas alertarem que eles podem estar contaminados por agrotóxico.
A reportagem é de Andrea Freitas, Clarice Spitz e Eliane Oliveira e publicada pelo jornal O Globo.
A Anvisa confirmou que, em 2012, só 13 alimentos foram monitorados, mas informou que a tendência é de expansão do número de culturas.
O enfoque do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, explicou, são os itens mais consumidos pela população e importantes na cesta básica.
Segundo a Anvisa, o milho está sendo monitorado desde 2012 na forma de fubá, e o trigo passou a ser monitorado na forma de farinha desde 2013, mas o resultado ainda não foi divulgado.

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