Amplamente
usada durante o regime militar, a tortura ainda é prática comum no Brasil.
Antes direcionada à atividade política, ela segue em uso contra a população, em geral os mais pobres e vulneráveis.
Antes direcionada à atividade política, ela segue em uso contra a população, em geral os mais pobres e vulneráveis.
Nos
últimos três anos cresceu 129% o número de denúncias de tortura cometidas por
agentes públicos no país.
Entre
2011 e 2013, foram relatados 816 casos por meio do Disque 100, da Secretaria
Nacional de Direitos Humanos, envolvendo 1.162 agentes do Estado.
Só
no ano passado, foram 361 registros, conforme reportagem de Cleide Carvalho,
publicada pelo jornal O Globo nesta
terça-feira (1º).
Casos
de tortura e violência policial já existiam no Brasil antes do golpe militar de
1964.
No
entanto, para a socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da
USP (NEV-USP), Viviane de Oliveira Cubas, a ditadura formalizou os
instrumentos, e a democracia não conseguiu romper com o modelo.
“O legado da ditadura foi a oficialização de
práticas e condutas. Os policiais não se identificam com os cidadãos, e nenhuma
polícia é bem-sucedida sem proximidade com a população”, diz Viviane Cubas.
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