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O
processo foi relatado pelo conselheiro em substituição legal, Marco Antônio
Montenegro, na sessão da 2ª Câmara de Contas, realizada terça-feira (26), frisa
informação postada pelo site do TCE
potiguar.
A
denúncia foi formulada pelos vereadores Magnus Roberto Assis Sobrinho, Renan
Santos Melo e a vereadora Maria das Virgens de Lima do Nascimento.
Após
notificação do corpo técnico, o prefeito apresentou defesa, com vasta
documentação que, ao ser analisada pela Diretoria de Administração Municipal
(DAM), constatou várias irregularidades, materiais e formais, sugerindo a
desaprovação das contas, entendimento também seguido pelo Ministério Público de
Contas (MPC).
Foi
constatada, a priori, uma diferença entre o valor informado no contrato e o
efetivamente pago por combustíveis, referente ao Pregão nº 118/2013.
Foram
duas empresas contratadas. Em relação ao Posto Frei Damião Ltda., a
documentação das despesas somou R$ 1.097.792,34 e o valor informado pela
administração do município, no total de R$ 1.600.748,77.
Em
relação à segunda empresa contratada, a J. M. Bezerra e Cia. Ltda., a aquisição
de combustível somou R$ 1.970.524,06, enquanto o valor informado pela Prefeitura ao Sistema Integrado de Auditoria Informatizada (SIAI) foi de R$ 3.074.041,07.
Somadas
as diferenças, tem-se o valor total de R$ 1.606.473,44 de despesas que não
foram devidamente comprovadas.
Também
foi constatado que, inicialmente, foi previsto a aquisição de 200.000 litros de
combustível, sendo que, sem nenhuma justificativa, houve um aumento de 150%,
passando a 300 mil litros, quando deveria ser no máximo até 25%, como está
previsto na Lei de Licitações.
O
corpo técnico constatou a ausência no contrato licitatório da quantidade de
viaturas, utilização e consumo histórico, em afronta à Lei Federal nº 8.666/93.
Foram
averiguadas, ainda, despesas com reposição de peças e consertos de veículos sem
vínculo contratual com a administração do Município.
Diante
das irregularidades, o voto foi pelo ressarcimento dos valores pagos e não
comprovados, R$ 2.248.077,59, acrescido de multas que somam R$ 674.423,27 e
remessa de peças processuais ao Ministério Público do RN para analise dos
possíveis ilícitos penais e tomada das medidas legais cabíveis.
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