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Temos vivido nas
últimas semanas um dos períodos mais desafiadores da saúde pública em todo o
mundo. O avanço do contágio global pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2,
causador da COVID-19, trouxe a necessidade urgente da união de forças, em todos
os países, na frente de combate à pandemia, declarada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS), no dia 11 de março deste ano. No Brasil, as universidades
públicas têm sido um importante braço de atuação na força-tarefa criada para
agir no combate à disseminação da doença, no atendimento e tratamento dos
pacientes, e no desenvolvimento de pesquisas e projetos que apresentem
respostas de esperança diante dos desafios impostos pela pandemia à população
mundial. Com o compromisso e cuidado que tem com sua comunidade acadêmica, a
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foi a primeira instituição
de ensino superior do estado a decidir pela suspensão de todas as atividades
presenciais de ensino, pesquisa, e extensão, além de autorizar entre seus servidores
o teletrabalho, ressalvados casos específicos, e orientar as empresas
prestadoras de serviço a liberarem seus funcionários para ficarem em casa. As
medidas foram determinadas pela Portaria 346/2020 -GP/FUERN, de 15 de março de
2020. Naquele momento, o entendimento sobre a necessidade de uma ação imediata
para preservar e garantir o isolamento social de nossos estudantes, servidores,
e prestadores de serviço, aliado ao respeito ao Decreto Estadual 29.512,
publicado em 14 de março de 2020, nos deram a certeza de que estávamos tomando
a decisão correta. O anúncio de medidas semelhantes por outras entidades e
instituições de ensino ao longo dos dias seguintes confirmaram isso. Antes
mesmo da suspensão das atividades presenciais, a UERN já havia orientado a
comunidade acadêmica sobre a necessidade de seguir procedimentos preventivos,
no caso de pessoas que tivessem viajado para áreas com casos da doença, ou
mantido contato com pessoas com quadro suspeito ou confirmado da COVID-19. Com
o semestre 2019.2 em andamento, planejamos todas as ações garantindo que não
houvesse prejuízo à conclusão das atividades. Para isso, contamos com a
compreensão e o apoio imprescindível dos nossos estudantes, professores e
técnicos-administrativos, que mesmo numa situação adversa, atuaram de forma
fundamental para que este objetivo fosse alcançado. Cumprida esta etapa,
passamos a planejar o procedimento a ser tomado em relação à continuidade do
calendário acadêmico, com início do semestre 2020.1 previsto para 6 de abril. Para
isso, consultamos os diretores de Unidades Acadêmicas e Diretório Central dos
Estudantes (DCE), e em reunião on-line realizada nesta terça-feira (31),
entendemos que, neste momento em que as autoridades de saúde pública reafirmam
ser ainda mais importante o isolamento social, a suspensão do calendário por
tempo indeterminado no âmbito da UERN é o caminho mais prudente a ser seguido.
Neste sentido, assinamos hoje Ad Referendum 006/2020 com esta determinação. Em
paralelo, toda a equipe de gestão administrativa da instituição segue
acompanhando o cenário da pandemia no Brasil e no Rio Grande do Norte, e tão
logo seja possível, reuniremos os representantes da comunidade acadêmica para
nova análise e deliberação. A suspensão do calendário é uma decisão difícil,
mas extremamente necessária diante da situação de excepcionalidade que estamos
vivenciando. É preciso garantir a saúde de todos e, neste momento, o isolamento
social permanece sendo a estratégia orientada pelo Governo do Estado e pelo
Ministério da Saúde. O avanço da COVID-19 tem sido responsável por muitas
mortes, tendo atingido a comunidade uerniana com a perda do nosso querido
professor Luiz Di Souza, primeira vítima fatal da doença no Rio Grande do
Norte. Sua partida deixa um vazio em nosso meio, sendo ele símbolo de amor e
dedicação pela docência e pela pesquisa científica. Uma perda que ainda dói
fundo no coração de cada um de nós. Neste momento, a UERN tem exercido papel
fundamental no apoio ao Governo do Estado nas ações e estratégias de combate ao
avanço do novo coronavírus entre os potiguares. Desde a atuação dos nossos
professores, técnicos e estudantes dos cursos de Medicina (Mossoró) e
Enfermagem (Mossoró/Caicó/Pau dos Ferros), dos profissionais das residências
médicas, na linha de frente de atendimento nas unidades hospitalares, até todo
o trabalho educativo e de orientação prestado por professores, técnicos e
estudantes de cursos diversos nos seis campi da Instituição (Mossoró, Natal,
Pau dos Ferros, Caicó, Assú e Patu). Estamos cientes de que somente juntos
conseguiremos superar este momento. Nos maiores desafios, conhecemos quem
estará ao nosso lado para enfrentar a luta, e temos certeza que em qualquer
missão que seja necessária, todos nós estaremos prontos para colocar a UERN
sempre à disposição do povo potiguar.
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