Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado |
A
senadora Fátima Bezerra (PT) disse, em plenário, na quarta-feira (30) que a
população já está percebendo os riscos que correriam a democracia e as
conquistas sociais e trabalhistas dos últimos anos, caso o golpe fosse
consumado e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumisse o poder.
“Nós lamentamos profundamente que o PMDB
tenha se aliado aos derrotados nas urnas, PSDB e DEM, e hoje sirva de
instrumento para golpear a democracia, mas quero, no entanto, destacar que
muitas das pessoas que gritavam nas ruas a favor do impeachment estão dando
conta do que significa, na verdade, apear do poder uma mulher legitimamente
eleita, para entregar o poder nas mãos de alguém que não foi eleito presidente
da República”, destacou a senadora, segundo destacado por sua assessoria de
imprensa.
Fátima
ressaltou que o programa “Uma Ponte para o Futuro”, do PMDB, deveria ser
chamado de Ponte para o Inferno, já que, caso suas propostas viessem a ser
implantadas, seriam piores do que qualquer plano neoliberal já instituído no
país.
“O programa ‘Uma Ponte para o Futuro’, como
está escrito, é incompatível com a execução de políticas sociais; ele põe em
risco as conquistas e os avanços que nós tivemos nesses últimos 13 anos, no que
diz respeito à inclusão social”, enfatizou a senadora.
Para
a senadora, várias propostas do que chamou de “Projeto Temer” atingem direta e
imediatamente políticas públicas e direitos sociais e trabalhistas, como a
prevalência dos acordos trabalhistas em detrimento da legislação de proteção ao
trabalhador, a desvinculação dos reajustes da previdência dos reajustes do
salário mínimo e até mesmo a estagnação dos benefícios.
Ela
destacou especialmente os prejuízos sofridos pela área de educação, caso o
projeto do PMDB fosse colocado em prática.
“Essa proposta de Michel Temer, do vice, de
desvincular os recursos para a área de educação, não seria uma ponte para o
futuro, mas uma ponte para destruir o presente e o futuro da educação
brasileira”, enfatizou.
A
parlamentar lembrou que, para cumprir os acordos que certamente fizeram com o
empresariado para garantir seu apoio, constatados pela participação explícita
da Federação das Indústrias do Estado de SP (FIESP) nas manifestações
pró-impeachment, teria que se cortar recursos das políticas sociais.
Ela
ressaltou que Estado teria de ser redesenhado para atender a interesses de
multinacionais e do sistema financeiro, com a privatização de instituições como
o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário