Depois
de três anos seguidos de queda no desemprego, a perspectiva para este ano é que
a taxa média se estabilize no nível de 2012 ou até volte a subir.
Vários
indicadores do mercado de trabalho já dão sinais de perda de dinamismo e o
modelo econômico baseado no consumo começa a ter impacto na ocupação.
A
taxa média de desemprego de 2012 foi de 5,5% da População Economicamente Ativa
(PEA), a mais baixa dos últimos anos.
A
reportagem é de Márcia de Chiara e publicada pelo jornal O Estado de São Paulo.
"A
fase de boom do mercado de trabalho
ficou para trás. Aquela situação espantosa de 2012, com o emprego aquecido e a
economia fraca pode estar passando por um ponto de inflexão", afirma o
economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo
Zylberstajn.
Ele
notou alterações recentes no comportamento de dois indicadores que podem
indicar mudanças importantes no mercado de trabalho.
O
primeiro é o Índice de Pressão Salarial, calculado pela Fipe, com base nos
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Esse
indicador mede a relação entre o salário médio de admissão e o salário médio de
desligamento.
Em
janeiro de 2013, essa relação era de 97%.
Ou
seja, o salário de admissão era apenas 2,8% menor do que o salário médio de
desligamento, refletindo a dificuldade de recrutar mão de obra.
Mas
desde fevereiro, observa Zylberstajn, essa relação vem caindo e em maio foi de
93%.
Significa que o salário de admissão é 6,6% menor do que o de demissão.
O economista ressalta que a relação é ainda muito elevada, mas essa queda pode ser um indício de mudança.
Significa que o salário de admissão é 6,6% menor do que o de demissão.
O economista ressalta que a relação é ainda muito elevada, mas essa queda pode ser um indício de mudança.
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