Imagem: Ilustração |
A
informação é prestada pela assessoria de comunicação do MPF, na capital do
estado.
De
acordo com a decisão da 12ª Vara da Justiça Federal no RN, Subseção Judiciária
de Pau dos Ferros, Galeno Torquato manteve o pagamento à Associação de Proteção
e Assistência à Maternidade e à Infância (Apami) de São Miguel – mesmo após o
fechamento da maternidade administrada pela associação, em 2009.
Os
serviços foram transferidos irregularmente ao hospital público municipal, sem
comprovação de sua continuidade.
Dario
Vieira manteve os repasses durante sua gestão, até meados de 2014.
Na
Ação de Improbidade Administrativa (AIA), o MPF destaca que o então prefeito
Galeno Torquato passou a controlar a Apami entre outubro e novembro de 2009,
com a nomeação da mãe, namorada e irmã de criação, entre outros aliados
políticos, para a diretoria da associação.
Com
o fechamento para reforma da maternidade Dom Eliseu Mendes, administrada pela
Apami, o deputado firmou acordo ilegal para suposta prestação dos serviços no
Hospital Municipal Áurea Maia de Figueiredo.
No
período, foram repassados mais de R$ 1,15 milhão de recursos federais.
Para
o MPF, o acordo gerou somente a transferência de alguns funcionários para o
hospital, com o objetivo de encobrir a ausência de atividade da associação
privada.
O
próprio deputado assinou, como médico, várias Autorizações de Internação
Hospitalar (AIHs), com o objetivo de justificar os repasses.
De
acordo com a decisão judicial, a Apami “se
beneficiou com o complemento dos seus serviços por meio da estrutura do
hospital municipal, sendo assim remunerado com recursos públicos por serviços
que de fato não realizou ou que realizou com o auxílio público”.
Também
foram condenadas Maria de Lourdes Torquato – mãe do deputado – e Márcia
Cristina Vidal, que assumiram cargos na secretaria municipal de saúde e na
Apami, além de Roberto Wagner Pereira, que foi secretário municipal de
Administração, Finanças, Planejamento e Orçamento.
A
sentença determina o pagamento de multa e proibição de contratar com o poder
público e suspensão dos direitos políticos por cinco anos.
Os
réus ainda podem recorrer da decisão.
A
AIA tramita na Justiça Federal sob o nº 0800496-66.2016.4.05.8404.
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