Foto: Reprodução |
O
Ministério Público Federal (MPF) obteve junto à Justiça Federal no RN as
prisões preventivas dos ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Lyra Alves
(foto) e Eduardo Cosentino da Cunha – que já se encontrava preso no estado do PR –
por recebimento de propinas; além de outras pessoas envolvidas no esquema de
ocultação dos pagamentos ilícitos.
A
Polícia Federal cumpriu os mandados na manhã desta terça-feira (06), dentro da
chamada Operação Manus, frisa informação
da assessoria de imprensa da Procuradoria da República do RN (PRRN), na capital
do estado.
Os
dois ex-parlamentares são acusados pelo MPF de receberem propina, por meio de
doações eleitorais oficiais e não oficiais, nos anos de 2012 e 2014, em troca
de favorecimento de empresas de construção civil.
Como
contrapartida, os dois trabalharam pelos interesses dessas empresas em assuntos
como a obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Além
das prisões preventivas, o MPF obteve da Justiça Federal no RN seis mandados de
condução coercitiva e o deferimento dos pedidos de busca e apreensão em 15
endereços de empresas e residências localizadas no RN.
Enquanto
a Operação Manus era deflagrada no RN,
foram realizadas novas etapas das Operações
Sepsis e Cui Bono, sob a
responsabilidade da Procuradoria da República no Distrito Federal.
Na
petição relativa a essas duas últimas, o MPF relata a existência de elementos,
segundo os quais, os envolvidos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro.
Mesmo
com as investigações em curso, o grupo continuaria agindo para ocultar ativos
no valor de mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha.
As
prisões são mencionadas como uma forma de suspender a chamada atuação delitiva
habitual e impedir a ocultação do produto dos crimes, “já que este ainda não foi recuperado”.
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