terça-feira, 6 de junho de 2017

Lava Jato: MPF/RN obtém prisão de Henrique Alves e novo mandado contra Eduardo Cunha

Foto: Reprodução
O Ministério Público Federal (MPF) obteve junto à Justiça Federal no RN as prisões preventivas dos ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Lyra Alves (foto) e Eduardo Cosentino da Cunha –  que já se encontrava preso no estado do PR – por recebimento de propinas; além de outras pessoas envolvidas no esquema de ocultação dos pagamentos ilícitos.
A Polícia Federal cumpriu os mandados na manhã desta terça-feira (06), dentro da chamada Operação Manus, frisa informação da assessoria de imprensa da Procuradoria da República do RN (PRRN), na capital do estado.
Os dois ex-parlamentares são acusados pelo MPF de receberem propina, por meio de doações eleitorais oficiais e não oficiais, nos anos de 2012 e 2014, em troca de favorecimento de empresas de construção civil.
Como contrapartida, os dois trabalharam pelos interesses dessas empresas em assuntos como a obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Além das prisões preventivas, o MPF obteve da Justiça Federal no RN seis mandados de condução coercitiva e o deferimento dos pedidos de busca e apreensão em 15 endereços de empresas e residências localizadas no RN.
Enquanto a Operação Manus era deflagrada no RN, foram realizadas novas etapas das Operações Sepsis e Cui Bono, sob a responsabilidade da Procuradoria da República no Distrito Federal.
Na petição relativa a essas duas últimas, o MPF relata a existência de elementos, segundo os quais, os envolvidos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Mesmo com as investigações em curso, o grupo continuaria agindo para ocultar ativos no valor de mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha.
As prisões são mencionadas como uma forma de suspender a chamada atuação delitiva habitual e impedir a ocultação do produto dos crimes, “já que este ainda não foi recuperado”.

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