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| Imagem: Reprodução/TRT |
"Nós precisamos mudar a cultura. Magistratura
e servidores que se dedicam a esse tema percebem que é muito mais importante
para o trabalhador a execução, a cobrança, do que a fase de conhecimento".
Esse
é o entendimento do juiz do trabalho Ben Hur Silveira Klaus (foto), do Tribunal
Regional do Trabalho do RS (TRT/RS), que defende uma mudança de postura da
magistratura quanto à execução na Justiça do Trabalho.
Ben
Hur é graduado em Direito pela Universidade de Caxias do Sul (1986), mestre em
Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2002) e professor da
Universidade Luterana do Brasil.
Ele
esteve em Natal para ministrar o curso de atualização jurídica sobre a
Aplicação do Novo CPC no Processo do Trabalho, promovido pela Escola Judicial
do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT/RN), registra nota vinda da
assessoria de comunicação.
Para
Ben Hur, é preciso procurar no sistema jurídico "diversas ferramentas, diversas técnicas que estão difusas, dispersas,
reuni-las, agrupá-las e articulá-las no processo de execução".
No
entendimento do juiz, é necessário fazer o trabalho de pesquisa patrimonial, de
inteligência e capacitar magistrados e servidores para conhecerem essas
ferramentas de pesquisas.
"É preciso conhecer a Cenib [Central Nacional
de Indisponibilidade de Bens], o Sistema Bacen Jud CCS, o Simba [Sistema de
Investigação de Movimentações Bancárias], o Serasajud, fazer convênios para
protestos de sentença do cartório de títulos e documentos", defende.
Para
ele, é preciso também conhecer as novas técnicas que o novo CPC trouxe e que
podem ser aplicadas na execução trabalhista.
"O protesto da sentença, a inscrição do nome
do devedor em cadastro de inadimplente, a penhora de salários e uma série de
outras providências, que podem melhorar a nossa execução se nós aplicarmos o
CPC subsidiariamente, supletivamente, na execução trabalhista",
explicou o juiz.
Na
visão do juiz Ben Hur Silveira, as escolas judiciais são um ambiente propício
para realizar essa “transição de
paradigma para valorizar mais a execução”.


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