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| Imagem: Rayane Mainara/Assessoria |
O
secretário estadual de Planejamento e Finanças (SEPLAN), Gustavo Nogueira
explicou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (29), em Natal, que o
principal motivo da dificuldade em fechar a folha de pagamento dos servidores
do poder Executivo é o déficit da previdência do estado.
O
déficit é da ordem de R$ 130 milhões/mês – quase um terço do valor total da
folha, que é algo em torno de R$ 430 milhões.
Gustavo
Nogueira assinalou ainda que neste mês de setembro o deslocamento na data para
a finalização da folha acentuou-se pelo fato de que, historicamente, no nono
mês do ano, as receitas dos estados e municípios são as menores do exercício.
A
folha de pessoal do estado é composta por 54 mil servidores ativos, 38 mil inativos
e 10 mil pensionistas, transmite informação da assessoria de imprensa do Governo
do Estado.
O
ideal é que existam quatro servidores na ativa para cada um aposentado e
pensionista.
Mas
esta relação está hoje desequilibrada e os aposentados e pensionistas
representam 90% do pessoal da ativa.
“Além de praticamente termos um servidor
ativo para cada inativo, ainda há o problema dos salários que, quando na ativa,
os servidores contribuem com 11% do salário cheio, mas quando se aposentam
passam a contribuir apenas sobre o valor que ultrapassa o limite do regime
geral, que é de R$ 5.531,00. Isto provoca uma queda na receita previdenciária e
como consequência o aumento do déficit”, destacou.
“E em razão de ter faixa etária elevada de
servidores, ainda existe a migração acelerada para aposentadoria”,
acrescentou.
O
titular da SEPLAN lembra que em 2016 houve repasse de receita extraordinária
pelo Governo Federal aos estados, referente à repatriação de recursos.
No
caso do RN esta receita foi de R$ 422 milhões.
Gustavo
Nogueira rebate as avaliações de que a administração estadual não tem controle
dos gastos.
Ele
mostra que o custeio do estado feito com a receita ordinária liquida do
tesouro, sem incluir a folha de pessoal, se manteve estável nos últimos três
anos.
Em
2015 o custeio médio mensal foi de R$ 38 milhões.
Em
2016 foi de R$ 40 milhões e, em 2017, a média até o dia 28 de setembro é de R$
39 milhões.
Em
relação aos investimentos, também feitos com a receita ordinária liquida do
tesouro, o secretário mostra que se mantém em torno de R$ 45 milhões de média
mensal nos últimos três anos.
Em
relação à folha de pagamento dos servidores do Executivo, Gustavo Nogueira apresentou
um gasto contido nos ativos, entretanto acentuado nos inativos e pensionistas,
decorrente do déficit crescente da previdência.
Várias
medidas estruturantes foram tomadas pela atual administração para buscar o
equilíbrio fiscal do estado.
O
Governo enviou à Assembleia Legislativa do RN projetos de Lei como o que
reduziu a renúncia fiscal, proposta de ampliação da contribuição patronal e do
servidor, implantação de um novo regime fiscal estabelecendo um teto para o
gasto e a instituição do regime de previdência complementar.
Gustavo
Nogueira considera que é preciso que a economia do país cresça para permitir o
aumento das receitas, além de manter contida a pressão sobre o gasto.


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