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| Foto: Eduardo Maia/Assecom ALRN |
Foi
aprovado pelos deputados o Projeto de Lei que autoriza o Executivo a remanejar
as dotações orçamentárias.
O
Governo vai poder transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria
para outra, ou de um órgão para outro, num percentual de 6%.
A
mensagem original solicitava autorização para um percentual de 10%, que
representaria cerca de R$ 1,92 bilhão do orçamento anual do Estado.
Com
a emenda parlamentar encartada nas comissões temáticas da Casa, reduzindo esse
percentual, o montante fica em torno de R$ 600 milhões.
Foram
18 votos a favor e três contrários, registra informação da assessoria de
imprensa da Assembleia Legislativa do RN.
“A aprovação da matéria orçamentária atende
apelo governamental diante do cenário de crise econômica e queda de receita. Os
deputados fizeram a análise da matéria e votaram com suas consciências voltadas
para o futuro e benefício do RN”, justifica Ezequiel Ferreira de Souza
(PSDB), presidente da Casa.
Na
discussão da matéria, houve questionamento por parte de alguns parlamentares,
que recomendaram a necessidade de prestação de contas dos recursos a remanejar
e também de como já foram utilizadas pelo Governo do Estado as dotações
orçamentárias remanejadas em 2016, de cerca de R$ 1 bilhão, em torno de 10% do
Orçamento Geral do Estado (OGE) 2015.
Para
Kelps Lima (SD) e José Dias (PSDB) é preciso um detalhamento de como os cerca
de R$ 600 milhões vão ser empregados.
Os
deputados Álvaro Dias (PMDB), Gustavo Fernandes (PMDB) e Kelps Lima votaram
contra a matéria.
“Não há segurança administrativa na atual
gestão. Inclusive todos os índices de avaliação do atual governo são piores do
que o governo anterior. Esse tipo de solicitação do Governo prejudica a
prerrogativa dos deputados, que precisam receber a prestação de contas do que
foi gasto e de como foi remanejado. No ritmo em que está, irá precisar de mais
recursos ainda”, afirmou Kelps Lima.
José
Dias, mesmo tecendo críticas à forma de tramitação da matéria no que diz
respeito à legislação, disse que o resultado da votação contemplava o interesse
coletivo.
“Acho que a Assembleia agiu com sabedoria e
interesse público ao dispensar a tramitação”, afirmou.
Os
recursos a serem remanejados podem ser utilizados com despesas de pessoal e
encargos sociais; juros, encargos e amortização da dívida interna e externa;
outras despesas correntes, investimentos e inversões financeiras.
Tomba
Farias (PSB) afirmou que é preciso levar em conta as dificuldades financeiras
do momento atual.
“Mesmo com todas as dificuldades o governo
está honrando o pagamento do funcionalismo, diferente de alguns Estados”,
afirmou.
A
deputada Márcia Maia disse que votou sim dando um crédito de confiança ao
Governo e espera que sejam implementadas ações no sistema penitenciário e na
segurança pública.
“Estamos vivendo
uma situação de crise e é preciso uma ação emergencial”, disse.


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