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| Henrique Alves/Reprodução |
A Polícia e o Ministério
Público do DF apontaram que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves
(PMDB), não ajudou a elucidar um roubo de R$ 90 mil que teve como vítima ele
próprio, de acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo.
A reporgagem é de Pedro
Valente, publicada nesta segunda-feira (28) pelo portal eletrônico Folha/UOL.
A notícia dá conta que, para
a Polìcia, Henrique Alves, que presidiu a Câmara até o início deste ano, adotou
uma "postura de se furtar ao
esclarecimento da verdade".
A Promotoria apontou que o
ministro "demonstrou inequívoco
desinteresse em colaborar" com a apuração e que restam dúvidas "quanto à origem e destinação do dinheiro
subtraído".
O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, porém, recomendou arquivar o inquérito, sem quebrar
sigilos do ministro.
O roubo ocorreu em 13 de
junho de 2013, quando Wellington Costa, assessor do então deputado, contou à polícia
que dois homens roubaram dele R$ 100 mil em espécie, dos quais R$ 90 mil
pertenceriam a Henrique Alves.
Costa disse que sacou o
dinheiro do deputado em um banco onde Henrique Alves teria feito um empréstimo
consignado.
Disse ter entregue o dinheiro
a Henrique Alves que, três dias depois, o chamou em casa e pediu que levasse R$
90 mil para outro deputado, João Maia (PR/RN), sem dizer o motivo.
O roubo ocorreu no caminho para
a Câmara.
O delegado Fernando Cesar
Costa disse que o assessor mudou trechos do depoimento, como o que faria com
sua parte do dinheiro.
O assessor disse que se equivocou
por nervosismo.
O delegado Fernando Costa
pediu que Henrique Alves e João Maia depusessem.
Henrique Alves respondeu, em
carta, que no momento do roubo estava "em
voo para Natal" e que desconhecia fatos relevantes a acrescentar.
Questionado de novo, disse
"que em sua manifestação anterior já
apresentou todos os esclarecimentos que possui".
João Maia disse que vendeu um
apartamento a Henrique Alves, mas que não sabia que receberia os R$ 90 mil naquela data.
A Polícia pediu então que o
processo fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde Henrique Alves
tem foro privilegiado.
Segundo a Polícia, ele adotou
"conduta que traz suspeitas acerca
da veracidade de tudo o que foi apresentado".
O ministro do STF, Teori
Zavascki, arquivou o processo em agosto após o posicionamento de Rodrigo Janot.
Em nota à Folha, a assessoria do ministro do
Turismo afirmou que "todas as
informações foram prestadas à época às autoridades", que o inquérito
foi arquivado e "o assunto
encontra-se encerrado".


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