A
Petrobras decidiu parar sondas terrestres e outras operações na BA, no norte do
ES e no RN dentro de seu Programa de Otimização de Custos Operacionais
(Procop), que visa economizar R$ 32 bilhões de 2013 a 2016.
A
reportagem é de Denise Lula para o caderno “Mercado” do jornal Folha de São Paulo.
A
empresa precisa aumentar o fluxo de caixa, que até 2016 deve ficar abaixo de
sua necessidade de investimentos de US$ 236,5 bilhões (2013-2017).
Hoje,
a produção de petróleo em terra perfaz 10% de sua produção total, de 208 mil
barris diários.
Na
avaliação do ex-diretor de exploração e produção da Petrobras, Wagner Freire, a
decisão vem com atraso.
"Há
campos que produzem cinco barris por dia – não é econômico para ela, mas pode
ser para pequenos produtores que invistam na produção", diz, sugerindo a
devolução dos campos à Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A
redução dessas operações pode significar cinco mil demissões, afirma José Maria
Ferreira Rangel, do Conselho de Administração da empresa e coordenador do Sindicato
dos Petroleiros (Sindipetro) no Norte Fluminense.
"Não
são apenas os terceirizados, há uma série de outras atividades que são ligadas
ao petróleo", diz.
Segundo
ele, 500 pessoas já foram demitidas na BA.
A
Petrobras informou que em dezembro tinha 11 sondas de perfuração e 26 sondas de
produção terrestre, que atualmente estão reduzidas, respectivamente, para 07 e
22.
Admitiu
também a dispensa de 449 empregados.
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