segunda-feira, 22 de julho de 2013

Datafolha: Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja

Em sua primeira viagem internacional como pontífice, o papa Francisco encontrará um Brasil em que a presença católica continua em declínio, com fiéis relativamente distantes da Igreja nas missas, no dízimo e na convicção sobre assuntos polêmicos, como casamento gay e adoção por casais do mesmo sexo.
As conclusões vêm de pesquisa do Datafolha realizada nos dias 6 e 7 de junho, com 3.758 entrevistados em 180 municípios do país.
A margem de erro dos resultados é de dois pontos percentuais.
A reportagem é de Reinaldo José Lopes e publicada pelo jornal Folha de São Paulo.
Segundo o levantamento, 57% dos brasileiros com mais de 16 anos se declaram católicos, patamar mais baixo da história do país.
Em 2007, pesquisa semelhante feita pelo Datafolha apontou 64%.
Em 1994, eles eram 75%.
O segundo maior bloco religioso do Brasil é o de evangélicos pentecostais (membros de igrejas como a Assembleia de Deus), com 19%.
Em seguida estão os evangélicos não pentecostais (de igrejas protestantes com séculos de existência, como os metodistas e os batistas), com 9%.
O engajamento religioso de evangélicos, tanto pentecostais como neopentecostais, é superior ao de católicos quando se observam índices como a frequência nos cultos ou as contribuições financeiras.
A maioria dos evangélicos (63% dos pentecostais e 51% dos não pentecostais) diz frequentar cultos mais de uma vez por semana, contra 17% dos católicos.
Dos membros da Igreja Católica, 28% afirmam participar de cerimônias uma vez por semana, enquanto 21% o fazem uma vez por mês.
O mínimo exigido pela igreja é o comparecimento à missa de domingo.
Os números são parecidos quando se trata de contribuir financeiramente.
Dos católicos, 34% afirmam fazer isso sempre, contra cerca de 50% dos evangélicos.
Quase um terço dos católicos diz não dar dinheiro algum para a Igreja, contra pouco mais de 10% dos evangélicos.

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