sábado, 23 de maio de 2020

UFRN: Pandemia da COVID-19 diminui expectativa de vida no Nordeste, diz estudo

Imagem: Reprodução
Estudo realizado pelo Observatório do Nordeste para Análise Sociodemográfica da COVID-19 (ONAS-COVID-19)- veja AQUI – sugere que a expectativa de vida ao nascer das pessoas dessa região caiu em variações que vão de 23 dias a um ano e quatro meses, considerando as mortes causadas pelas Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), que inclui o coronavírus.
A média no Nordeste é de 255 dias a menos, enquanto no Brasil a estimativa de vida foi reduzida em 217 dias, destaca matéria de José de Paiva Rebouças, da Agência de Comunicação (Agecom), da Universidade Federal do RN (UFRN).
O estudo analisou as mortes ocorridas desde o início de 2020 até o dia 10 de maio, tendo como base os dados preliminares de mortes obtidas pela Central de Informações do Registro Civil (CRC), atualizados diariamente no Portal da Transparência (Painel COVID Registral) e mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).
O trabalho é assinado pelos demógrafos Ricardo Ojima e José Vilton Costa, do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais, da UFRN; e, Victor Hugo Dias Diógenes, da Universidade Federal da PB (UFPB) e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN.
Os estados que apresentaram os maiores ganhos na expectativa de vida ao nascer, excluindo-se as mortes por SRAG, foram MA, CE e PE, com perdas de 534, 485 e 408 dias de vida, respectivamente.
Isso quer dizer que se fossem excluídos os óbitos por SRAG em 2020 em PE, por exemplo, uma criança nascida nesses primeiros meses do ano nesse estado, poderia viver 485 dias a mais.
No estado do RN, o número de dias a mais para novos nascidos seria de 62.

Nenhum comentário:

Postar um comentário