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| Imagem: Ilustração |
Nesta
região a ANA autuou 101 usuários de água que estava descumprindo o limite de
0,5 hectare para irrigação, conforme o termo de alocação de água dos açudes
Curema e Mãe d’Água 2019/2020, vigente de julho de 2019 a julho de 2020.
A
Agência Executiva de Gestão das Águas da PB (AESA) e o Instituto de Gestão das
Águas do RN (IGARN) participaram, em conjunto com a ANA, de duas campanhas de
fiscalização em outubro e novembro do último ano.
Deste
total, 39 usuários foram multados no total de R$ 97,3 mil por não terem
reduzido suas áreas irrigadas, sendo que as multas poderão passar a ser diárias
e chegar a R$ 10 mil por dia em caso de continuação do descumprimento da regra.
Outros
22 irrigantes da região ficaram isentos de multa por terem voltado a cumprir o
limite de 0,5 hectare irrigado, enquanto outros 16 seguem sob o monitoramento
da ANA por estarem reduzindo sua irrigação.
As
notificações se referem ao descumprimento do limite de 0,5 hectare, o
equivalente a meio campo de futebol, para irrigação por usuário.
A
determinação desta área máxima para irrigação busca assegurar água para
abastecimento humano, que é o uso prioritário em situações de escassez, segundo
a Política Nacional de Recursos Hídricos.
A
restrição também busca assegurar a continuidade das atividades de irrigação, mesmo
com menos água disponível, exlica informação da assessoria de imprensa do órgão
federal.
A
situação na região permanece crítica, já que o açude Curema está com apenas
7,66% de sua capacidade, que é de 56,99 bilhões de litros.
No
açude Mãe d’Água a situação é ainda mais grave, já que o reservatório acumula
somente 6,47% de seu volume total de 35,27 bilhões de litros.
O
rio Piranhas-Açu continua em situação extremamente crítica devido à seca
iniciada em 2013, que levou à queda do volume acumulado nos principais
reservatórios da bacia, como o Curema e o Mãe D’Água.
A
irrigação chegou a ser totalmente suspensa em 2015 e o reservatório Curema
atingiu seu volume morto em 2016.
Devido
à criticidade da situação, a ANA continuará com o trabalho da equipe de
fiscalização juntamente com a AESA e o IGARN durante o período chuvoso na
região, que vai de janeiro a junho.
O
objetivo é estimular que todos os irrigantes cumpram o limite de 0,5 hectare
irrigado na região.
As
equipes de fiscalização da ANA, da AESA e do IGARN vêm percorrendo diferentes
trechos do rio Piranhas-Açu entre a barragem de Curema e a localidade de Jardim
de Piranhas para notificar usuários de água que estejam irrigando acima de 0,5
hectare, conforme definido no termo de alocação de água dos açudes Curema e Mãe
D’Água.
Este
instrumento de regulação é utilizado em regiões com escassez hídrica e
conflitos pelo uso da água e estabeleceu as condições de uso de recursos
hídricos entre julho de 2019 e julho de 2020 na região.
O
rio Piranhas-Açu é gerido e fiscalizado pela ANA, por ser interestadual.
A
AESA e o IGARN gerenciam as águas subterrâneas e afluentes estaduais da bacia
hidrográfica.
O
superintendente de Fiscalização da ANA, Alan Lopes, destaca que esta iniciativa
da ANA, AESA e IGARN tem o objetivo de assegurar água para o abastecimento de
aproximadamente 400 mil pessoas de cidades ao longo do rio Piranhas-Açu e de
estimular o uso consciente do recurso na região.
Tanto
a ANA quanto a AESA e o IGARN possuem um cadastro completo e georreferenciados
dos 1.024 usuários existentes ao longo do rio, sendo que mais de 950 irrigantes
já obtiveram outorga de direito de uso de recursos hídricos ou declarações de
regularidade do uso da água a partir desta base de dados detalhada, que foi
desenvolvida a partir de campanhas de campo realizadas ao longo dos últimos
três anos.
O
monitoramento por imagens de satélite é feito continuamente pela equipe de
fiscalização da ANA.
Com
o cadastro, regularização e maior controle dos usuários, foi possível permitir
a irrigação de até 0,5 hectare por usuário, sendo que a área total irrigada
atualmente é estimada em cerca de 590 hectares.
Porém,
ainda há usuários com áreas irrigadas acima do que é permitido atualmente e,
por isso, os órgãos gestores estão trabalhando para coibir esta prática e
estimular que os irrigantes cumpram o limite do termo de alocação.


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