Imagem: Ilustração |
A
manifestação está exposta na página eletrônica da entidade sindical.
Leia:
O Rio Grande do
Norte tem passado por diversas crises nos últimos anos, atualmente o Estado
está sob decreto de calamidade financeira, devendo mais de R$ 1 bilhão de reais
com folhas salariais, e cerca de R$ 300 milhões de dívidas na saúde, o que
representa 10% do orçamento anual que é direcionado para a pasta. A situação de
calamidade na saúde do Estado se arrasta há anos, só entre 2017 e 2018 o Rio
Grande do Norte esteve sob decreto de calamidade na saúde pública três vezes
consecutivas. Durante o governo Robinson Faria (PSD) se fechou hospitais, como
o hospital da Polícia, em Mossoró/RN e diversos leitos de UTI. Como se não
bastasse, o ex-governador ameaçou fechar sete hospitais regionais, mudando o perfil
para pronto-atendimentos, para passar a ser geridos por municípios ou
consórcio. Apesar da ameaça, a população foi às ruas e não deixou isso
acontecer. Infelizmente, a política de fechamento vem sendo preparada nos
últimos anos. O governo de Rosalba Ciarlini (DEM) preferiu a construção do
Arena das Dunas, deixando um estádio moderno e subaproveitado mas que custam R$
9,6 milhões ao estado todo mês. Para se ter uma ideia, os sete hospitais
juntos, ao longo de 2016, custaram apenas R$ 350 mil por mês em atendimentos e
internações, segundo dados publicados pela imprensa. Os governos vêm esvaziando
estes hospitais, construindo um cenário de precariedade para justificar os
fechamentos. E mesmo sob uma "nova administração" de Fátima Bezerra
(PT), a situação da saúde só se agrava - vale lembrar que o PT esteve no
governo Robinson e andaram de mãos dadas até um dia desses. Os corredores dos
hospitais continuam superlotados, a infraestrutura está desgastada, falta
equipamentos e remédios nas unidades de saúde. Os servidores continuam
trabalhando com os salários atrasados, o déficit de profissionais da área é
grande e gera a precarização no atendimento prestado à população. Mesmo nessa
situação de calamidade, os Deputados Estaduais aprovaram um Projeto de Lei com
o "aval" da governadora para receber 13° e férias retroativos à 2015.
Ressaltamos que é lamentável a postura de Fátima Bezerra (PT) em não ter vetado
o projeto, se abstendo de uma decisão, que como Gestora deveria ter se
posicionado contrária, já que diz ser sensível à realidade dos servidores. A
governadora diz que recebeu o estado quebrado, evidentemente, sabia o que iria
enfrentar. Portanto, como um governo de origem popular, como se autodenomina, o
mínimo é que a senhora não repita a mesma cartilha dos governos anteriores,
tendo em vista que são governos tradicionais de origem oligárquicas. Invista na
saúde pública do nosso Estado, não feche serviços e hospitais. A saúde do RN
está a serviço dos menos favorecidos, os que necessitam do Sistema Único de
saúde (SUS) em pleno funcionamento para atender as necessidades básicas dos
cidadãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário