domingo, 12 de agosto de 2018

ABN: A Neurologia e o corte no orçamento do Ministério da Educação

Imagem: Ilustração
A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) externou, através de nota oficial distribuída aos canais de imprensa de todo o país, preocupação quanto às consequências de proposta do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão de reduzir a verba destinada ao orçamento do Ministério da Educação.
Leia:

Com um eventual corte, as bolsas de estudos de pós-graduação oferecidas pelo CAPES (Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) certamente serão suspensas e as pesquisas em andamento poderão ser abandonadas, acarretando prejuízo inestimável ao sistema de saúde e ao Brasil. A propositura de redução atinge principalmente os programas de pós-graduação e terá impacto sobre todo o sistema de educação superior do País, sustentação da produção científica brasileira. Afetará também a formação básica, pois alguns dos programas em vias de suspensão pertencem à educação infantil, ao ensino fundamental e médio. Seguramente a suspensão dos programas de pós-graduação trará retrocesso para ao Brasil. O investimento em pesquisa é um dos pilares do desenvolvimento em todas as especialidades médicas, e principalmente na Neurologia. A atenção à saúde, principalmente para os neurologistas, demanda grande quantidade de pesquisa. Nos últimos anos, acompanhamos a evolução da neurociência no País. Estamos em uma fronteira de conhecimento e este corte trará enorme dano. Não é possível separar a atividade assistencial aos pacientes dos estudos realizados em busca de novos procedimentos, tratamentos e medicamentos. O governo deve ter a compreensão e sensibilidade de que cortar verbas em Educação só traz prejuízo para aos campos econômico e social. É imprescindível que a sociedade se posicione firmemente contra descaso com os milhares de estudantes que terão de abandonar os projetos a que se dedicam por falta de condições financeiras de levá-los adiante. A ABN repudia este descompromisso com a Educação, direito fundamental de todos. Um estado que não valoriza a educação não tem futuro. Educação não é gasto, é investimento para o presente e para o futuro dos brasileiros.

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