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Por
unanimidade, a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5),
no Recife (PE), acolheu o parecer do Ministério Público Federal (MPF) na 5ª
Região e decidiu manter Luiz Fernando da Costa (foto), mais conhecido como Fernandinho Beira Mar, no Regime
Disciplinar Diferenciado (RDD).
Com
a decisão, proferida nessa terça-feira (16), ele continuará a receber visitas
semanais sem contato físico, por meio do parlatório, e a usufruir de banho de
sol separado dos outros detentos, no solário anexo à sua cela.
A
notícia é da assessoria de imprensa do MPF, na capital do estado.
Fernandinho Beira
Mar
foi incluído no RDD pelo prazo de 360 dias, quando ainda estava recluso na
Penitenciária Federal de Porto Velho (PFPV), em RO, após ter sido deflagrada a Operação Epístolas, em maio de 2017.
A
investigação mostrou que Luiz Fernando, mesmo recluso, mantinha o comando sobre
organizações criminosas e detinha o controle do tráfico de drogas e de outras
atividades criminosas em Duque de Caxias (RJ).
Transferido
pouco depois para a Penitenciária Federal de Mossoró (PFMOS), no RN, Beira Mar
recorreu ao TRF5 contra a decisão judicial que o manteve no RDD em Mossoró.
Segundo
ele, a medida seria irregular, uma vez que fora incluído no regime pelo juiz
corregedor da PFPV e não da PFMOS.
Além
disso, alegou que as regras estipuladas para o cumprimento do RDD eram mais
rígidas do que as previstas em lei.
No
parecer apresentado ao TRF5, o MPF argumentou que a inclusão de Beira Mar no RDD se deu quando ele ainda
estava em RO, em decorrência de atos praticados naquele estado.
Com
a transferência para a PFMOS, ele foi corretamente recebido sob o regime em que
se encontrava na penitenciária de origem.
O
Ministério Público ressaltou a regularidade de sua inclusão no RDD, por se
tratar de criminoso que oferece alto risco para a ordem e segurança do
estabelecimento penal e da sociedade.
Para
o MPF, as regras estabelecidas para o RDD em que Fernandinho Beira Mar foi incluído precisavam ser mais rígidas,
para evitar que ele continuasse a praticar crimes mesmo preso.
Afinal,
era justamente nas visitas sociais e íntimas e no contato com outros detentos,
durante o banho de sol, que ele se comunicava facilmente com os demais
integrantes da organização criminosa sob seu comando.
O
MPF ressalta que Fernandinho Beira Mar
é um dos criminosos mais perigosos do país, e acumulou 328 anos, oito meses e seis
dias de pena privativa de liberdade em 15 condenações por tráfico de drogas,
homicídio e outros crimes.
Embora
preso desde junho de 1996, tem continuado a liderar sua organização criminosa
mesmo dentro do sistema penitenciário, concluindo que sua exclusão do regime em
que se encontra deixará a sociedade e o próprio Poder Judiciário expostos a
riscos intoleráveis.
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