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| Imagem: Ilustração |
Da
assessoria do deputado estadual George Soares (PR) chega nota através da qual o
parlamentar manifesta irrestrita solidariedade aos policiais do estado.
A
íntegra pode ser lida abaixo:
É inegável que
vivemos hoje a mais séria crise na área da segurança ao longo de sua história.
Os assaltos, roubos, sequestros, arrastões e assassinatos atingiram níveis
absurdos e o medo diante da violência já está limitando severamente a vida da
nossa população, em seu dia-a-dia. É público e notório que essa situação
extrema resulta, entre outras razões de ordem social, política e econômica, da
visível incapacidade do estado em gerir sua estrutura de segurança pública.
Vejamos: a Polícia Militar do RN tem hoje apenas 8.229 profissionais ativos em
suas fileiras. Isso representa apenas 60 por cento do efetivo mínimo previsto
em lei complementar, número esse que, em nossa opinião, já está abaixo do
desejável. Além, disso esses profissionais são mal remunerados, mal equipados
e, como se não bastasse, sofrem com o atraso no pagamento de seus salários,
assim como a maioria dos servidores públicos estaduais. Na Polícia Civil a
defasagem e os problemas são semelhantes. Ou seja, vivemos uma enorme crise
estrutural e administrativa na segurança pública em nosso estado, isso é
inegável. À primeira vista parece ser fácil culpar os policiais por sua adesão
à 'greve' da categoria, que paralisou severamente a já pouca estrutura de
defesa pública oferecida à população. Mas é preciso compreender que essa
decisão radical resulta do acúmulo de uma série de desacertos administrativos
cometidos nas últimas décadas. Nossos policiais simplesmente chegaram ao limite
de sua capacidade em suportar as adversidades que enfrentam no desempenho de
sua profissão. Não se pode esquecer que são eles os únicos, entre todos os
servidores públicos, os que efetivamente arriscam diariamente as próprias vidas
na defesa da vida dos demais cidadãos. É urgente que o governo do estado assuma
os seus deveres constitucionais e busque suprir a correta e adequada manutenção
de nossas forças de segurança pública, deveres estes, aliás, claramente
olvidados nos últimos anos. Que se retome o diálogo com a categoria, que se
busque soluções viáveis de curto prazo, nas esferas do legislativo, do
judiciário e do executivo, a fim de assegurar aos policiais civis e militares e
suas famílias uma vida digna e até a própria sobrevivência. Se isso não
acontecer, não se deve esperar que estes garantam à paz, o bem-estar e a até a
sobrevivência alheia. Prestamos assim nossa irrestrita solidariedade aos
policiais do estado, em reconhecimento ao seu valor pessoal e à enorme
importância do trabalho que executam.


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