Imagem: Ilustração |
O
Conselho Federal de Medicina (CFM), com apoio de outras 24 entidades médicas de
representação nacional, emitiram sexta-feira (15) nota de repúdio contra o
Projeto de Lei do Senado nº 227/2017, que autoriza a prescrição da
ozonioterapia no Brasil.
No
documento, os médicos enfatizam que autorizar a oferta da técnica sem a certeza
de sua eficácia e segurança “expõe os
pacientes a riscos, como retardo do início de tratamentos eficazes, avanço de
doenças e comprometimento da saúde”.
“Não há na história da medicina registro de droga
ou procedimento contra um número tão amplo de doenças, que incluem, entre
outros: todos os tipos de diarreia; artrites; hepatites; hérnias de disco;
doenças de origem infecciosa, inflamatória e isquêmica; autismo; e sequelas de
câncer e de Acidente Vascular Cerebral [AVC]”, ressalta trecho da nota,
esclarece informação da assessoria de imprensa do CFM.
Ao
apontar argumentos contrários à autorização, as instituições se colocaram à
disposição dos brasileiros e do Congresso Nacional para oferecer todos os
esclarecimentos técnicos e científicos necessários sobre o tema.
Segundo
as entidades médicas, os debates em torno da ozonioterapia remetem ao caso
recente da fosfoetanolamina que, também sem lastro científico, teve sua
distribuição aprovada pelos parlamentares por meio de lei. Meses depois, a
medida foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além
do CFM, da Associação Médica Brasileira (AMB), da Federação Médica Brasileira
(FMB) e da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), outras 21 sociedades de
especialidades atingidas pelo tratamento proposto subscrevem o manifesto.
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