Foto: João Gilberto/Assecom ALRN |
A
reforma do ensino médio foi tema de debate em audiência pública na Assembleia
Legislativa do RN nessa segunda-feira (14).
O
debate foi proposto por iniciativa da senadora Fátima Bezerra (PT), que iniciou
a discussão fazendo críticas ao modo como o projeto está sendo apresentado.
A
informação é transmitida pela assessoria de imprensa da ALRN, na capital do
estado.
"A medida provisória através da qual se quer
reformar o ensino médio vai na contramão do que vem sendo implantado no Brasil
no setor, ao atingir programas e políticas em curso. É inaceitável se utilizar
de um método como medida provisória para definir um tema tão relevante como
esse. A medida, ao ser editada, já tem força de lei com caráter restritivo.
Estamos tratando de valores e conceitos que vão influir nas gerações futuras",
criticou a senadora, para uma plateia de educadores e estudantes.
Convidada
a dar sua contribuição, a reitora da Universidade Federal do RN (UFRN), professora
Ângela Paiva, afirmou que as reformas que não se deve perder do horizonte as
conquistas já alcançadas.
"Nossa luta deve ser para garantir as
conquistas que tivemos, que foi a maior expansão do ensino nos últimos anos. E
não só no sistema federal, mas também na rede privada. O Brasil anda para trás
como matérias como essas", afirmou.
Para
o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN),
Wilys Farkatt, a tese da medida provisória já se mostra frágil na medida em que
suscita muito mais dúvida do que responde a perguntas.
"Será que todos terão acesso ao ensino
profissional com essa reforma? E aqueles que não fizerem formação profissional,
terão acesso à formação em tempo integral como existe no modelo atual? E em
relação ao Enem? A prova vai se adequar? Porque a rede privada não vai seguir
esse novo modelo de ensino médio. Vão deixar um Enem que beneficia a rede privada?",
elencou o reitor do IFRN.
Ainda
deram contribuições para a matéria representantes de entidades estudantis, de
sindicatos ligados ao setor da educação, da Secretaria Estadual de Educação e
Cultura (SEEC) e das demais universidades públicas do Estado, além da UFRN, a
saber, Universidade do Estado do RN (UERN) e Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (Ufersa).
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