Foto: Reprodução |
Através
do portal eletrônico do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do
Estado do RN (Sindicer/RN) ocorre a publicação do artigo “A eficiência
energética nas indústrias de cerâmica vermelha”.
O
texto é de autoria da professora Jaquelìgia Brito, docente dos quadros da Universidade
Federal do RN (UFRN).
Leia
abaixo:
A eficiência
energética consiste em obter o melhor desempenho na produção de um serviço com
o menor gasto de energia. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de
Serviços de Conservação de Energia (Abesco) estima-se que anualmente 10% de
toda energia gerada no Brasil seja desperdiçada. Energia suficiente para
abastecer os estados do Rio de Janeiro e Ceará por um ano ou compensar o
aumento da demanda nacional por dois anos. Em termos de eficiência energética
aplicada à indústria de cerâmica vermelha, evidencia-se a utilização do forno
no seu processo produtivo, onde sua característica primordial, qualquer que seja
sua finalidade, é transferir ao material o calor necessário, gerado por uma
fonte, com o máximo de eficiência, uniformidade e segurança. No entanto, a sua
eficiência pode ser ampliada, dentre outras formas, com o emprego de sistemas
adequados de isolação térmica, buscando a redução das perdas de calor nas
paredes e no teto do forno. Estas perdas podem atingir percentuais de até 30%
da energia térmica total fornecida ao equipamento através da queima de
combustível. Existem pequenas ações que influenciam positivamente na eficiência
energética de indústrias cerâmicas, como por exemplo, a disposição das peças no
forno, onde é sempre importante permitir uma boa circulação dos gases quentes
de combustão entre as peças, de modo a tornar mais homogênea a troca de calor
com a sua carga. Feita a disposição corretamente, a redução de consumo
energético e tempo de operação durante o processo de queima pode ser da ordem
de 5%, e o aumento das peças de primeira qualidade pode ser ainda maior, sendo
essa ação isenta de custo de investimento, apenas uma mudança de método ou de
rotina. No entanto, outras ações relativamente onerosas mas extremamente
efetivas, podem ser realizadas, tais como automatização e controle do sistema
de combustão, isolamento térmico de superfícies quentes, otimização das
condições de funcionamento de equipamentos, aproveitamento de combustíveis ou
fontes de calor residuais, implementação de sistemas de gestão de energia e
instalação de sistemas de cogeração. Dessa forma, a implementação de ações de
tecnologia e projetos de eficiência energética através de medidas bem definidas
pode ser realizada, porém precedida de forma criteriosa buscando sempre como
resultados a economia de energia, a redução de perdas, o aumento da
produtividade, a melhoria da qualidade dos produtos, a redução de emissões de
gases de efeito estufa e de outras emissões atmosféricas e o uso de
combustíveis renováveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário