quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Sindicer/RN: Docente publica artigo sobre eficiência energética nas indústrias de cerâmica vermelha

Foto: Reprodução
Através do portal eletrônico do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do Estado do RN (Sindicer/RN) ocorre a publicação do artigo “A eficiência energética nas indústrias de cerâmica vermelha”.
O texto é de autoria da professora Jaquelìgia Brito, docente dos quadros da Universidade Federal do RN (UFRN).
Leia abaixo:

A eficiência energética consiste em obter o melhor desempenho na produção de um serviço com o menor gasto de energia. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) estima-se que anualmente 10% de toda energia gerada no Brasil seja desperdiçada. Energia suficiente para abastecer os estados do Rio de Janeiro e Ceará por um ano ou compensar o aumento da demanda nacional por dois anos. Em termos de eficiência energética aplicada à indústria de cerâmica vermelha, evidencia-se a utilização do forno no seu processo produtivo, onde sua característica primordial, qualquer que seja sua finalidade, é transferir ao material o calor necessário, gerado por uma fonte, com o máximo de eficiência, uniformidade e segurança. No entanto, a sua eficiência pode ser ampliada, dentre outras formas, com o emprego de sistemas adequados de isolação térmica, buscando a redução das perdas de calor nas paredes e no teto do forno. Estas perdas podem atingir percentuais de até 30% da energia térmica total fornecida ao equipamento através da queima de combustível. Existem pequenas ações que influenciam positivamente na eficiência energética de indústrias cerâmicas, como por exemplo, a disposição das peças no forno, onde é sempre importante permitir uma boa circulação dos gases quentes de combustão entre as peças, de modo a tornar mais homogênea a troca de calor com a sua carga. Feita a disposição corretamente, a redução de consumo energético e tempo de operação durante o processo de queima pode ser da ordem de 5%, e o aumento das peças de primeira qualidade pode ser ainda maior, sendo essa ação isenta de custo de investimento, apenas uma mudança de método ou de rotina. No entanto, outras ações relativamente onerosas mas extremamente efetivas, podem ser realizadas, tais como automatização e controle do sistema de combustão, isolamento térmico de superfícies quentes, otimização das condições de funcionamento de equipamentos, aproveitamento de combustíveis ou fontes de calor residuais, implementação de sistemas de gestão de energia e instalação de sistemas de cogeração. Dessa forma, a implementação de ações de tecnologia e projetos de eficiência energética através de medidas bem definidas pode ser realizada, porém precedida de forma criteriosa buscando sempre como resultados a economia de energia, a redução de perdas, o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade dos produtos, a redução de emissões de gases de efeito estufa e de outras emissões atmosféricas e o uso de combustíveis renováveis.

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