Com
o título “Prioridade deve ser emprego, produção, renda e mercado interno” e
assinada por seu presidente, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (SD), a Força Sindical
distribui aos órgãos de comunicação de todo um país uma Nota Pública.
A
íntegra do seu conteúdo pode ser lida abaixo:
De novo o governo
perdeu uma ótima oportunidade de sinalizar positivamente para o setor produtivo
- que gera emprego e renda - que o País não se curva mais perante os
especuladores. Juros nas alturas são uma forma de concentrar cada vez mais
renda nas mãos dos grandes banqueiros e rentistas. O governo vem apostando, nos
últimos anos, todas as suas fichas em uma combinação explosiva e destrutiva
para a sociedade brasileira. Por um lado, jogou suas fichas no combate à
inflação a qualquer preço, e, por outro, lançou mão de uma política brutal de
austeridade fiscal. O resultado foi uma depressão econômica sem precedentes. O
tombo da atividade econômica não apenas reduziu a renda das famílias e elevou
as taxas de desemprego - são 11,8 milhões de desocupados, maior índice da série
histórica -, mas acabou derrubando as arrecadações de estados, municípios e do
governo federal. As contas públicas registram déficit nominal de R$ 581 bilhões
(9,6% do PIB) no período. Só de juros nominais, para pagar a dívida pública, foram
R$ 427,1 bilhões nos últimos doze meses. O estrago na economia é evidente:
o PIB acumulado nos quatro trimestres
registrou queda brutal de 4,9%; a produção industrial nos últimos doze
meses despencou 9,8%. Enquanto isto a taxa básica de juros no
Brasil é a maior do mundo, e o crédito pessoal e rotativo atingiu,
respectivamente, 132,2% e 470,7 ao ano. É isto mesmo: juros de deixar agiota constrangido. Diante deste
quadro, é fundamental a redução dos juros e mudanças radicais e responsáveis na
economia, que priorizem o emprego, a produção, a renda e o mercado interno. A
crise e a suposta recuperação são dolorosas para os trabalhadores, que, além de
sofrerem com o flagelo do desemprego, amargam a maior taxa de juros do planeta
e a redução criminosa dos seus diretos e de sua proteção social. A resposta
para a crise é o desenvolvimento, a valorização do trabalho e o incentivo à
geração de emprego e renda. O País precisa investir no fomento da produção, na
geração de empregos e na distribuição de renda para retomar o caminho do seu
crescimento econômico.


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