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| Foto: Reprodução |
A
atuação preventiva do Tribunal de Contas do Estado do RN (TCE/RN) levou à
regularização dos vínculos ilegais de 1.204 servidores públicos no estado,
registra informação prestada pela assessoria de imprensa da instituição, na
capital potiguar.
Em
agosto do ano passado, a Corte de Contas identificou problemas na folha de
pagamento de 1.645 servidores, entre acúmulos ilegais de cargos, pessoas que já
deveriam ter sido compulsoriamente aposentadas e até falecidos.
A
ação inicial da Diretoria de Despesa de Pessoal apurou nas folhas de pagamento
do mês de maio de 2015 a existência de 27 casos de pagamentos a pessoas que
constam como falecidas no Sistema Informatizado de Controle de Óbitos e 363
servidores com mais de 70 anos, idade limite para aposentadoria compulsória do
servidor público, à época da apuração.
Além
disso, o levantamento constatou 1.255 servidores em situação de possível
acumulação irregular de cargos públicos, levando-se em consideração apenas
servidores com mais de dois vínculos públicos, entre eles 54 vereadores e 29
secretários municipais; havia, inclusive um caso peculiar de um servidor que apresentava
12 vínculos públicos.
Frente
aos indícios, o presidente do TCE, Carlos Thompson Fernandes, enviou 304
ofícios aos gestores públicos responsáveis com recomendações para que os
próprios órgãos realizassem as adequações necessárias.
Em
novo levantamento, realizado em abril de 2016, com base nas folhas de fevereiro
do mesmo ano, a equipe técnica da Diretoria de Despesas de Pessoal verificou
que não havia mais falecidos nas folhas de pagamento e que 290 servidores com
mais de 70 anos foram aposentados, regularizando a situação. Em relação aos
servidores com acúmulos irregulares, 887 servidores tiveram os seus vínculos
ilegais desligados da administração pública.
As
remunerações dos vínculos em acumulação extintos somavam, mensalmente, R$
3.806.976,76.
Diante
da constatação, o presidente Carlos Thompson Fernandes enviou, aos gestores
públicos responsáveis, 19 ofícios relativos a servidores que já deveriam ter
sido compulsoriamente aposentados e 104 relativos a cargos com acúmulo
possivelmente irregular a fim de requisitar novas informações sobre as medidas
tomadas.
Os
casos que permanecerem sob suspeita de irregularidade serão apurados em
processos autônomos a serem instaurados pela Corte de Contas e, se for
comprovada a omissão, os gestores estarão sujeitos a sanções previstas na
legislação.


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