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| Foto: Reprodução |
Um
total de 21 pessoas e mais a União é alvo de três Ações Civis Públicas ajuizadas
pelo Ministério Público Federal do RN (MPF/RN) em Assú.
Os
réus ocuparam, ilegalmente, áreas da União (terreno de Marinha) e de uso comum
da população no município de Galinhos, no litoral Norte potiguar.
Construções
foram erguidas nas praias da cidade e às margens dos rios Galos e Aratuá, frisa
informação da assessoria de imprensa da Procuradoria Geral da República no RN
(PGR/RN), na capital do estado.
O
procurador da República Victor Queiroga, que assina as ações, requer que a
Justiça imponha a desocupação das áreas, com a demolição das construções
irregulares e retirada de todo o material do local, sob pena de multa diária de
R$ 500,00 para cada infrator.
Desde
2005, moradores da região vêm tentando, sem sucesso, que a Secretaria do
Patrimônio da União (SPU) desocupe as áreas.
A
omissão do Governo Federal quanto à irregularidade motivou a inclusão da União
no polo passivo das ações.
A
União se limitou a “recomendar” à prefeitura municipal de Galinhos que adotasse
providências para a desocupação das áreas.
“(...)
não houve a utilização do seu poder de polícia
e da autoexecutoriedade de que são dotados os atos administrativos para
proceder à demolição das construções irregulares”, aponta o MPF.
A
demora na solução apenas ajudou a consolidar o problema.
Alguns
dos imóveis já contam, inclusive, com estrutura para fornecimento de energia
elétrica.
A
pedido do MPF/RN, foi efetuada uma vistoria conjunta da SPU e do Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no local,
que delimitaram as áreas de uso comum e os terrenos de marinha, confirmando a
irregularidade das ocupações.
Em
uma reunião, realizada em fevereiro de 2015, a SPU informou ao procurador da
República que tinha conhecimento das irregularidades e a demolição não havia
sido efetuada porque o contrato com a empresa especializada que efetuava os
serviços havia sido rompido.
O
MPF/RN destaca que as construções, além de usurparem espaços públicos, representam
uma ameaça à fauna local e se transformam em fonte de poluição.
As
ações foram distribuídas à 11ª Vara Federal, localizada em Assú, e protocoladas sob os
números 0800156-28.2016.4.05.8403, 0800157-13.2016.4.05.8403 e
0800158-95.2016.4.05.8403.


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