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| Thiago Guterres/Assessoria |
O
Tribunal de Contas do Estado do RN (TCE/RN) determinou, em sessão realizada
nesta terça-feira (1º), a realização de uma auditoria na Assembleia Legislativa
do RN para apurar a legalidade dos atos de gestão relativos ao quadro funcional
do órgão e as despesas de pessoal deles recorrentes.
A
auditoria deverá ser finalizada num prazo de 90 dias, adianta informação da assessoria
de imprensa do órgão, na capital do estado.
O
processo foi relatado pelo conselheiro Gilberto Jales, cujo voto foi aprovado
pelo Pleno da Corte de Contas, à exceção do conselheiro Renato Costa Dias, que
alegou impedimento.
No
voto, o conselheiro acatou pedido do procurador-geral do Ministério Público de
Contas em exercício, Thiago Guterres, que havia entrado na última quinta-feira
(25) com uma representação requisitando a auditoria.
Segundo
o voto, os indícios de comprometimento da boa gestão do erário são os
seguintes: “desproporção dos cargos de
provimento efetivo e os de livre nomeação e exoneração, que totalizam 379 e 2.592
servidores, respectivamente, o que significa que para cada cargo efetivo
existem hoje 07 cargos em comissão”; e o “crescimento exponencial dos cargos comissionados entre 2011 e 2016, com
a criação de novos 1.756 cargos, que implica em elevação em 86% do seu
quantitativo global de funcionários ativos”.
Além
disso, o Tribunal, em levantamento anteriormente empreendido pela Diretoria de
Despesa de Pessoal, identificou a “subsistência
de 296 casos potenciais de acumulação ilícita de cargos públicos” e “a existência de oito servidores com idades
acima do limite de 70 anos de idade”.
Esses
dois pontos também serão levados em consideração na auditoria.
“A potencial
gravidade dos pontos abordados, que uma vez confirmados denotam potencial lesão
ao erário, enseja uma postura fiscalizatória deste Tribunal de Contas com maior
grau de ingerência, com vistas a apurar a realidade do quadro funcional da
Assembleia Legislativa e sua adequação aos parâmetros da legalidade,
economicidade e eficiência”, disse o conselheiro.


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