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| Foto: Assessoria MPF/RN |
O
Ministério Público Federal (MPF) em Assú emitiu uma recomendação à Prefeitura
de Alto do Rodrigues para que remova, no prazo de 30 dias, uma barragem
irregular montada no leito do rio Piranhas-Açu.
Pedras,
sacos de areia e reforço de cimento foram colocados no local - foto da estrutura na imagem ao lado - barrando o curso d'água, mesmo sem a autorização da Agência Nacional de Águas
(ANA) ou qualquer licença ambiental, segundo informação da assessoria de imprensa do MPF/RN.
O
procurador da República Victor Queiroga cita na recomendação uma Nota Técnica
da ANA, que aponta: “existe preocupação
quanto ao risco da implantação de estruturas para elevação de nível no trecho a
jusante do reservatório Armando Ribeiro Gonçalves provocar, pelo impacto
cumulativo, alterações no tempo de trânsito da água ao longo do rio, com
prejuízos aos usuários situados mais a jusante, notadamente aos usos
considerados prioritários como é o caso do abastecimento para consumo humano e
dessedentação animal”.
O
MPF recomenda, além da remoção da estrutura já existente, que o município de
Alto do Rodrigues não promova novos barramentos no leito do rio, sem a devida
autorização da ANA e o adequado licenciamento ambiental.
A
recomendação é um dos frutos da inspeção realizada no rio Piranhas-Açu pelo MPF
em novembro de 2014.
Após
a visita in loco do procurador Victor
Queiroga, foram solicitadas informações à ANA, que esclareceu não haver
possibilidade de regularização da barragem.
“Esse barramento irregular vinha prejudicando
a população que está abaixo no curso d'água. Deve ser observado que a situação
de escassez que atravessa a região torna ainda mais relevante que qualquer
intervenção a ser realizada no rio seja pautada pelo mais profundo cuidado, a
fim de não prejudicar os usos prioritários da água: o consumo humano e a
dessedentação dos animais”, reforça o representante do MPF.
Segundo
ele, a recomendação tem também um caráter pedagógico, “tendo em vista que fica reafirmada a impossibilidade de realização de
intervenções no rio Piranhas-Açu sem a anuência da agência reguladora
competente, a ANA, e do órgão ambiental responsável”.


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