Mais
de 1.500 procedimentos hospitalares incluídos na Tabela SUS, padrão de
referência para pagamento dos serviços prestados por estabelecimentos
conveniados e filantrópicos que atendem a rede pública de saúde, estão defasados.
A
lista poderia ser ainda maior se considerados os atendimentos ambulatoriais,
não apontados neste levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina
(CFM) sobre a perda acumulada no período de 2008 a 2014, com base em dados do
Ministério da Saúde, segundo a assessoria de imprensa do CFM.
Por
procedimentos mais frequentes, como a realização de um parto normal, por
exemplo, as unidades hospitalares receberam, em 2008, cerca de R$ 472,00 a cada
Autorização de Internação Hospitalar (AIH) aprovada.
Sete
anos depois, o valor passou para R$ 550,00 – quase 60% inferior ao que poderia
ser pago se corrigido por índices inflacionários como o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC).
Se
o fator de correção fosse o salário mínimo, o montante chegaria a R$ 823,00.
Situação
semelhante acontece no pagamento pelo tratamento de pneumonias.
Em
2008, cerca de R$ 707,00 eram pagos a cada internação.
No ano passado o valor
médio passou para R$ 960,00, cifra defasada em 90% quando comparada com os
principais índices de inflação acumulados no período.
Aplicados
estes índices, estima-se que o pagamento por despesas com este tipo de
internação alcançasse até R$ 1.234,00.
Os
dados foram coletados junto à base de dados Sistema de Informações Hospitalares
do SUS - SIH/SUS, gerido pelo Ministério da Saúde.
Além
da quantidade de procedimentos autorizados a cada ano, foram confrontados os
valores totais e médios pagos em cada um dos procedimentos.
Clique AQUI para acessar a lista completa de procedimentos hospitalares apurados pelo
CFM.
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