Foto: Assecom MPF/RN |
O
projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) promoveu quinta-feira (23)
sua segunda audiência pública na região do Vale do Açu.
O
evento realizado na cidade de Ipanguaçu reuniu diretores, professores, alunos e
comunidade.
As
informações coletadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério
Público do RN (MPRN), quanto aos principais problemas enfrentados nas escolas
municipais e estaduais de Ipanguaçu, servirão de base para a adoção de
providências judiciais e extrajudiciais.
Durante
mais de quatro horas, o procurador da República Victor Queiroga e a promotora
de Justiça Kaline Cristina coordenaram a audiência, que contou ainda com
representantes das secretarias de educação do município e do estado,
vereadores, conselheiros escolares, Sindicato dos Professores e pais dos alunos,
segundo informação da assessoria de imprensa do MPF/RN.
Kaline
Cristina apresentou detalhes do funcionamento do MPEduc aos presentes e Victor
Queiroga repassou a todos os dados referentes aos repasses recebidos pelo
Município de Ipanguaçu, para gastos e investimentos em educação, nos últimos
anos.
Ao
todo, os valores totalizam R$ 5,2 milhões, oriundos do governo federal, através
de programas voltados para merenda escolar, transporte dos alunos, gestão das
escolas, desenvolvimento da educação básica, entre outros.
“É
fundamental que a sociedade acompanhe como esses recursos estão sendo
investidos”, destacou o procurador da República.
Os
representantes do Ministério Público falaram sobre os vários problemas
detectados nas vistorias realizadas às escolas do município, na semana
anterior.
Foram
apresentadas fotos de colégios com infiltração nos banheiros; estruturas
necessitando de reparos; salas de informática e multifuncionais sem funcionar;
além de alimentos vencidos e frutas estragadas para a merenda escolar.
A
promotora e o procurador encontraram ainda escolas sem biblioteca e sem quadras
esportivas e, até mesmo, esgoto sendo lançado in natura, sem contar a falta de livros didáticos e de professores
em todas as disciplinas.
Durante
a audiência, alunos leram um poema falando sobre essas dificuldades e
criticando o calor excessivo de algumas salas de aula, devido à falta de
ventiladores, bem como a má qualidade dos quadros, goteiras e problemas nos
pisos, deixando claro o desejo de terem uma melhor estrutura para poderem
aprender.
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