sexta-feira, 24 de abril de 2015

MPEduc: Em audiência pública, MPF e MPRN expõem problemas na educação de Ipanguaçu

Foto: Assecom MPF/RN
O projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) promoveu quinta-feira (23) sua segunda audiência pública na região do Vale do Açu.
O evento realizado na cidade de Ipanguaçu reuniu diretores, professores, alunos e comunidade.
As informações coletadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do RN (MPRN), quanto aos principais problemas enfrentados nas escolas municipais e estaduais de Ipanguaçu, servirão de base para a adoção de providências judiciais e extrajudiciais.
Durante mais de quatro horas, o procurador da República Victor Queiroga e a promotora de Justiça Kaline Cristina coordenaram a audiência, que contou ainda com representantes das secretarias de educação do município e do estado, vereadores, conselheiros escolares, Sindicato dos Professores e pais dos alunos, segundo informação da assessoria de imprensa do MPF/RN.
Kaline Cristina apresentou detalhes do funcionamento do MPEduc aos presentes e Victor Queiroga repassou a todos os dados referentes aos repasses recebidos pelo Município de Ipanguaçu, para gastos e investimentos em educação, nos últimos anos.
Ao todo, os valores totalizam R$ 5,2 milhões, oriundos do governo federal, através de programas voltados para merenda escolar, transporte dos alunos, gestão das escolas, desenvolvimento da educação básica, entre outros.
 “É fundamental que a sociedade acompanhe como esses recursos estão sendo investidos”, destacou o procurador da República.
Os representantes do Ministério Público falaram sobre os vários problemas detectados nas vistorias realizadas às escolas do município, na semana anterior.
Foram apresentadas fotos de colégios com infiltração nos banheiros; estruturas necessitando de reparos; salas de informática e multifuncionais sem funcionar; além de alimentos vencidos e frutas estragadas para a merenda escolar.
A promotora e o procurador encontraram ainda escolas sem biblioteca e sem quadras esportivas e, até mesmo, esgoto sendo lançado in natura, sem contar a falta de livros didáticos e de professores em todas as disciplinas.
Durante a audiência, alunos leram um poema falando sobre essas dificuldades e criticando o calor excessivo de algumas salas de aula, devido à falta de ventiladores, bem como a má qualidade dos quadros, goteiras e problemas nos pisos, deixando claro o desejo de terem uma melhor estrutura para poderem aprender.

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