segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Levantamento: Governo federal deixa de aplicar quase R$ 10 bilhões na saúde em 2014

Dois dias após a aprovação no Congresso Nacional da regra que fixa em 15% da receita corrente líquida o piso de gastos da União na área de saúde, uma nova análise do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre as contas da Saúde revela que, além de permitir o subfinanciamento por pelo menos mais cinco anos, as autoridades brasileiras administram mal os recursos já existentes.
A notícia é estampada por intermédio do portal virtual do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern).
De acordo com o CFM, quase R$ 10 bilhões deixaram de ser aplicados na rede pública em 2014, apesar de ser o maior orçamento já executado na história da pasta – quase R$ 99,2 bilhões.
Este valor efetivamente gasto representou 91% do previsto (R$ 108,3 bilhões).
Os dados analisados são do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e mostram ainda que mais da metade dos recursos não utilizados deveria ter sido investido na realização de obras e compra de equipamentos.
Em 2014, a dotação prevista para investimento – considerado o gasto nobre da administração – era de quase R$ 9,4 bilhões.
Até 31 de dezembro, no entanto, R$ 4,3 bilhões foram efetivamente pagos pelo Ministério da Saúde, incluindo os restos a pagar quitados (compromissos assumidos em anos anteriores rolados para os exercícios seguintes).
Somente R$ 5,2 bilhões foram empenhados, ou seja, 56% do autorizado.
O empenho é a primeira etapa do gasto público, uma espécie de reserva que se faz do dinheiro quando um produto ou serviço é contratado pelo governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário