sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Governabilidade: Dilma terá base menor e precisará lidar com mais partidos na Câmara

A presidente Dilma Rousseff (PT) assume o novo mandato com uma base menor na Câmara dos Deputados.
Além disso, ela terá de lidar com uma maior pulverização de partidos na Casa: serão 28 partidos com representação na Câmara, seis a mais do que na legislatura anterior.
Isso é um desafio adicional”, afirma o analista político Antônio Augusto Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), em reportagem publicada nesta sexta-feira (02) no portal da Agência Câmara.
Hoje com a maior bancada da Câmara, o partido da presidente Dilma, PT, terá 18 deputados a menos na próxima legislatura: serão 69 deputados em 2015 contra os 87 atuais.
Já o PMDB, partido do vice-presidente, Michel Temer, atualmente com 72 deputados, elegeu 66, seis a menos.
Ao todo, os nove partidos que estão na chapa que elegeu Dilma (PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB) terão 304 deputados, 34 a menos do que as bancadas no final de 2014.
Clique sobre a ilustração para ver a distribuição de parlamentares por partido na Câmara Federal.
Antônio Queiroz avalia que a presidente terá que agregar à sua base parlamentares de partidos independentes que tendem a votar com o governo, por exemplo, o PTB, que elegeu 25 deputados.
Além disso, na visão dele, a presidente terá de mudar o estilo.
Ela terá que dar mais atenção aos parlamentares, dialogar mais, recebê-los mais em audiências, levá-los nas visitas a seus estados de origem, para que os parlamentares se sintam prestigiados. Do contrário, haverá muita dificuldade em reunir maioria para aprovar uma agenda de reformas compatíveis com o que as ruas e as urnas pediram nos anos de 2013 e 2014”, observou o analista político. 

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