Os
contratantes de financiamentos na carteira de crédito rural do Banco do Brasil
estão tendo a desagradável surpresa de só concretizar a obtenção do empréstimo
mediante a contratação de um seguro que está sendo colocado compulsoriamente
pela instituição financeira.
O
fato mereceu comentário por parte do jornalista e pecuarista Marcos Aurélio de
Sá, do vespertino natalense O Jornal de
Hoje.
O
texto dele acerca do fato está abaixo:
Infelizmente, não
passa de conversa fiada o anúncio de que os bancos oficiais proporcionam à
classe dos produtores rurais brasileiros as mais baixas taxas de juros do
mercado financeiro, hoje ao redor dos 3 por cento ao ano (portanto, inferiores
à própria inflação). Na prática, a realidade é muito diferente, pois os
empréstimos que o Banco do Brasil – por exemplo – concede aos agricultores ou
pecuaristas do Rio Grande do Norte para aplicação em investimento ou custeio
das suas atividades acabam com seus juros inflacionados por uma série de
exigências suplementares. Uma delas é a de que os tomadores do financiamento
contratem junto ao próprio Banco um seguro de vida em valor suficiente para
cobrir com folga o valor da operação de crédito, o que acaba comprometendo, de
saída, pelo menos 2 por cento do dinheiro (ou seja, ampliando, de saída, em
cerca de 40 por cento os ônus decorrentes dos juros a serem pagos anualmente). Além
dessa imposição do agente financeiro, o tomador do empréstimo ainda tem de se
sujeitar ao pagamento de honorários pela elaboração de projeto, custas
cartorárias para averbação de garantias, etc., encargos que, dependendo do
valor da operação, chegam a comprometer até mais de 20 por cento do montante
obtido. E tudo isto sem falar na necessidade do cliente manter conta corrente
com bom saldo médio na agência para poder ser atendido nos seus pleitos.
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