A
guerra global contra as drogas fracassou e criou um imenso mercado negro de US$ 300 bilhões.
Políticas
repressivas causaram mais danos do que benefícios e está na hora de a
comunidade internacional redirecionar maciçamente recursos para uma nova
estratégia que já mostrou sua eficácia e que é validada por uma análise
econômica, como terapias de substituição de drogas e troca de agulhas usadas
pelos toxicômanos.
A
reportagem é de Assis Moreira, publicada pelo jornal Valor.
Essa
é a conclusão de um estudo da London School of Economics (LSE), apoiado por
várias personalidades internacionais, incluindo cinco prêmios Nobel de
economia.
"A guerra contra as drogas é um fiasco de US$
1 trilhão", disse o financista George Soros, que apoiou o estudo,
criticando mais de quatro décadas de "políticas
repressivas e ineficazes" que causaram gigantesco desperdício de
recursos.
Conforme
o estudo, a persistente estratégia militarizada de guerra contra a droga teve
efeitos negativos e enormes estragos colaterais.
Isso
inclui prisões em massa nos EUA, políticas extremamente repressivas na Ásia,
ampla corrupção e desestabilização política no Afeganistão e no oeste da
África, imensa violência na América Latina, epidemia de AIDS na Rússia, penúria
mundial de medicamentos e propagação global de abusos sistemáticos dos direitos
humanos.
O
estudo diz que 80 mil pessoas foram mortas desde a deflagração da luta contra o
narcotráfico, sem que o problema tenha sido atenuado. Globalmente o preço das
drogas baixou e a pureza dos produtos aumentou.
Além
disso, a proibição do uso de drogas gerou um imenso mercado negro e empurrou o
"controle dos narcóticos"
para países de trânsito, como o Afeganistão e o México.


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