As
mudanças climáticas catastróficas podem ser evitadas sem se sacrificar os padrões
de vida, segundo um dos marcos que o relatório da Organização das Nações Unidas
(ONU) publicou domingo (13).
O
texto conclui que a transformação necessária para um mundo com energia limpa e
com menos uso de combustíveis fósseis poluentes é bastante barata.
A
reportagem é de Damian Carrington, publicada pelo The Guardian.
A
tradução é de Isaque Gomes Correa.
O
relatório, produzido por 1.250 especialistas internacionais e aprovado por 194
governos, descarta os temores de que reduzir as emissões de carbono iria
arruinar a economia global.
Este
texto é a parte final de uma trilogia definitiva que já mostrou que as mudanças
climáticas são, “de modo inequívoco”, causadas pelos humanos e que, sem
controle, esta situação apresenta uma ameaça séria às pessoas, podendo levar a
guerras e migração em missa.
Desviar
centenas de bilhões de dólares de combustíveis fósseis para energias renováveis
e reduzir o desperdício energético diminuiria apenas 0,06% dos índices do
crescimento econômico anual esperado de 1,3% a 3%, concluiu o relatório do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC (na sigla em
inglês).
Além
disso, a análise não incluiu os benefícios das emissões de gases de efeito
estufa, que poderiam contrabalancear os custos.
Estes
benefícios incluem a redução da poluição do ar, que atingiu a China e,
recentemente, o Reino Unido, bem como uma segurança energética melhorada, que
atualmente está em risco na Europa oriental depois das ações na Ucrânia tomadas
pelo principal produtor de gás, a Rússia.
O
novo relatório do IPCC diz que as emissões de carbono subiram na última década
e que estão, agora, crescendo quase o dobro da taxa anterior.
Mas
sua análise abrangente considerou que uma ação rápida pode limitar o
aquecimento global em 2º C, o limite de segurança internacionalmente aceito, se
a energia de baixo carbono triplicar ou quadruplicar até 2050.
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