terça-feira, 15 de abril de 2014

IPCC: Evitar a catástrofe das mudanças climáticas é barato, diz relatório

As mudanças climáticas catastróficas podem ser evitadas sem se sacrificar os padrões de vida, segundo um dos marcos que o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicou domingo (13).
O texto conclui que a transformação necessária para um mundo com energia limpa e com menos uso de combustíveis fósseis poluentes é bastante barata.
A reportagem é de Damian Carrington, publicada pelo The Guardian.
A tradução é de Isaque Gomes Correa.
O relatório, produzido por 1.250 especialistas internacionais e aprovado por 194 governos, descarta os temores de que reduzir as emissões de carbono iria arruinar a economia global.
Este texto é a parte final de uma trilogia definitiva que já mostrou que as mudanças climáticas são, “de modo inequívoco”, causadas pelos humanos e que, sem controle, esta situação apresenta uma ameaça séria às pessoas, podendo levar a guerras e migração em missa.
Desviar centenas de bilhões de dólares de combustíveis fósseis para energias renováveis e reduzir o desperdício energético diminuiria apenas 0,06% dos índices do crescimento econômico anual esperado de 1,3% a 3%, concluiu o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC (na sigla em inglês).
Além disso, a análise não incluiu os benefícios das emissões de gases de efeito estufa, que poderiam contrabalancear os custos.
Estes benefícios incluem a redução da poluição do ar, que atingiu a China e, recentemente, o Reino Unido, bem como uma segurança energética melhorada, que atualmente está em risco na Europa oriental depois das ações na Ucrânia tomadas pelo principal produtor de gás, a Rússia.
O novo relatório do IPCC diz que as emissões de carbono subiram na última década e que estão, agora, crescendo quase o dobro da taxa anterior.
Mas sua análise abrangente considerou que uma ação rápida pode limitar o aquecimento global em 2º C, o limite de segurança internacionalmente aceito, se a energia de baixo carbono triplicar ou quadruplicar até 2050.

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