Dos
R$ 47,3 bilhões gastos com investimentos pelo Governo Federal em 2013, o
Ministério da Saúde foi responsável por apenas 8,2% dessa quantia, segundo
levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Dentre
os órgãos do Executivo, a Saúde aparece em quinto lugar na lista de prioridades
no chamado “gasto nobre".
Isto
significa que as obras em rodovias, estádios, mobilidade urbana e até armamento
militar como blindados, aviões de caça e submarinos nucleares ficaram a frente
da construção, ampliação e reforma de unidades de saúde e da compra de
equipamentos médico-hospitalares para atender o Sistema Único de Saúde (SUS).
A
reportagem foi publicada pelo portal EcoDebate.
Com
base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o CFM
revela em detalhes os resultados da falta de qualidade da gestão financeira em
saúde.
Do
total de R$ 9,4 bilhões disponíveis para investimentos em unidades de saúde em
2013, o governo desembolsou somente R$ 3,9 bilhões, incluindo os restos a pagar
quitados (compromissos assumidos em anos anteriores rolados para os exercícios
seguintes).
Os
valores foram bem inferiores aos investimentos dos Transportes (R$ 11 bilhões),
Defesa (R$ 8,8 bilhões), Educação (R$ 7,6 bilhões) e Integração Nacional (R$
4,4 bilhões).
Os
dados apurados pelo CFM mostram ainda que, nos últimos 13 anos (2001 a 2013),
foram autorizados R$ 80,5 bilhões específicos para este fim.
No
entanto, apenas R$ 33 bilhões foram efetivamente gastos e outros R$ 47,5
bilhões deixaram de ser investidos.
Em
outras palavras, de cada R$ 10,00 previstos para a melhoria da infraestrutura
em saúde, R$ 6,00 deixaram de ser aplicados.
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