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| Olívio Dutra |
Destoando
do discurso de lideranças petistas, intelectuais de esquerda e juristas, o
ex-governador do RS, Olívio Dutra, não acredita que houve cunho político na
condenação e na prisão dos correligionários José Genoíno, José Dirceu e Delúbio
Soares, detidos, na semana passada, pelo escândalo do mensalão durante o
primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Funcionou o que deveria funcionar. O STF [Supremo Tribunal Federal] julgou e a Justiça determinou a prisão, cumpra-se a
lei”, analisa o ex-presidente estadual e um dos fundadores do Partido dos
Trabalhadores (PT).
No
entendimento de Olívio Dutra, o desfecho da Ação Penal 470, conhecida
popularmente como mensalão, foi uma resposta aos processos de corrupção que,
historicamente, permeiam a política nacional, independentemente de partidos.
A
reportagem é de Jimmy Azevedo, publicada no Jornal
do Comércio nesta quinta-feira (21).
Sobre
a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, de ordenar a prisão dos réus
no processo s obre a compra de parlamentares por dirigentes petistas para a
aprovação de projetos do governo Lula, Olívio disse que cada instituição tem
seu funcionamento.
“Até pode ser questionado, mas as
instituições têm seus funcionamentos. O que não se pode admitir é o
toma-lá-dá-cá nas práticas dos mensalões de todos os partidos, nas quais
figuras do PT participaram”, avalia o petista histórico.
O
ex-governador gaúcho reitera que tem respeito à história de lutas de José
Dirceu e Genoíno, mas que em nada o passado de combate à ditadura militar abona
qualquer tipo de conduta ilícita.
“Há personalidades que fazem política por
cima das instâncias partidárias e seguem seus próprios atalhos. Respeito a
biografia passada dessas figuras que lutaram contra a ditadura, mas [a
corrupção] é uma conduta que não pode se ver como correta”, critica.


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