Nesta
sexta-feira (22) o ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Marcos
Prochet, vai para o banco dos réus acusado de assassinar o agricultor sem terra
Sebastião Camargo, de 65 anos, em 1998.
O
trabalhador foi morto durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, noroeste
do Estado, que envolveu cerca de 30 pistoleiros.
Além
do assassinato de Camargo, 17 pessoas, inclusive crianças, ficaram feridas.
O
júri popular será no Tribunal do Júri de Curitiba (PR), a partir das 13h.
A
informação é publicada pela página eletrônica Terra de Direitos.
O
ruralista é defendido por um dos advogados do ex-deputado Carli Filho, acusado
de duplo homicídio, quando bateu a cerca de 190 quilômetros por hora, com
sinais de embriaguez.
A
defesa de Prochet já conseguiu adiar o julgamento por duas vezes.
Para
este júri, o advogado pediu adiamento ao Juiz do Tribunal do Júri de Curitiba,
Daniel Ribeiro Surdi Avelar, ao Tribunal de Justiça do PR e ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ).
Os
três recursos foram negados e o júri está confirmado para ocorrer hoje, às 13h,
no Tribunal do Júri de Curitiba.
O
latifúndio onde Camargo foi morto já havia sido declarado improdutivo pelo
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Nesta
condição, o então proprietário da fazenda Boa Sorte, Teissin Tina, estava
negociando com o Incra a desapropriação da terra, que foi destinada à reforma
agrária.
Em
2001 o proprietário recebeu R$ 1,3 milhão pela desapropriação da área.
A
área em que houve o assassinato hoje é o Assentamento Sebastião Camargo.


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