sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PR: Ex-presidente da UDR vai a júri popular acusado de assassinar trabalhador sem terra

Nesta sexta-feira (22) o ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Marcos Prochet, vai para o banco dos réus acusado de assassinar o agricultor sem terra Sebastião Camargo, de 65 anos, em 1998.
O trabalhador foi morto durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, noroeste do Estado, que envolveu cerca de 30 pistoleiros.
Além do assassinato de Camargo, 17 pessoas, inclusive crianças, ficaram feridas.
O júri popular será no Tribunal do Júri de Curitiba (PR), a partir das 13h.
A informação é publicada pela página eletrônica Terra de Direitos.
O ruralista é defendido por um dos advogados do ex-deputado Carli Filho, acusado de duplo homicídio, quando bateu a cerca de 190 quilômetros por hora, com sinais de embriaguez.
A defesa de Prochet já conseguiu adiar o julgamento por duas vezes.
Para este júri, o advogado pediu adiamento ao Juiz do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Ribeiro Surdi Avelar, ao Tribunal de Justiça do PR e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os três recursos foram negados e o júri está confirmado para ocorrer hoje, às 13h, no Tribunal do Júri de Curitiba.
O latifúndio onde Camargo foi morto já havia sido declarado improdutivo pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Nesta condição, o então proprietário da fazenda Boa Sorte, Teissin Tina, estava negociando com o Incra a desapropriação da terra, que foi destinada à reforma agrária.
Em 2001 o proprietário recebeu R$ 1,3 milhão pela desapropriação da área.
A área em que houve o assassinato hoje é o Assentamento Sebastião Camargo.

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