A
floresta com maior biodiversidade do mundo apresenta uma paisagem homogênea.
É
o que descobriu uma força-tarefa que reuniu mais de cem pesquisadores em torno
de algumas perguntas aparentemente simples, mas que não tinham resposta: quantas
árvores existem na Amazônia?
De
que espécies?
E
quais são as mais comuns?
A
reportagem é de Giovana Girardi, publicada no jornal O Estado de São Paulo.
A
partir da contagem de indivíduo por indivíduo em 1.170 áreas por toda a
floresta, os cientistas estimaram que nos seis milhões de km² da bacia ocorrem
cerca de 390 bilhões de árvores, de aproximadamente 16 mil diferentes espécies.
O
número que mais surpreendeu, porém, foi o da última pergunta.
Somente
227 espécies respondem por metade de todas as árvores do bioma.
O
trabalho, divulgado na revista norte-americana Science, mostra que o todo da vegetação se segura nesse conjunto
muito pequeno de espécies, só 1,4% do total, quantidade menor do que a flora de
árvores norte-americana.
O
estudo apontou que entre as mais comuns – ou hiperdominantes, como apelidaram
os pesquisadores – estão espécies bastante simbólicas do Brasil, como a castanha
do Pará, o cacau, a seringueira.
A
palmeira do açaí (Euterpe precatoria) é a campeã, com 5,21 bilhões de
indivíduos.
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