Uma
detalhada e minuciosa investigação realizada pelo Ministério Público do Estado
de SP, ao longo de pouco mais de dois anos, traz uma radiografia precisa da
facção criminosa batizada de Primeiro Comando da Capital (PCC).
De
acordo com essa investigação, considerada a mais profunda, jamais feita sobre o
crime organizado no Brasil, o PCC conta hoje com exatos 11.387 integrantes.
E
aí começam as peculiaridades: desse total, 2.632 estão em liberdade e os outros
8.755 em prisões de todo o país, começando por seus líderes máximos.
O
grupo organizado do crime está presente em 22 dos 27 Estados brasileiros.
Em
SP, sua sede, controla 90% de todos os presídios e penitenciárias.
O
PCC possui sócios provedores no Paraguai e Bolívia, e das celas controla parte
importante da cocaína que entra no Brasil.
A
reportagem é de Eric Nepomuceno, publicada no jornal Página/12, com tradução do Centro de Pesquisa e Apoio aos
Trabalhadores (Cepat).
Os
investigadores do Ministério Público traçaram um perfil detalhado do grupo.
O
relatório de 890 páginas pede, ao final, a prisão imediata de 175 pessoas e a
transferência de 32 presos para prisões de segurança máxima.
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