O
Hospital Regional de Angicos foi pauta de reunião realizada na manhã desta
quarta-feira (09), na sede do Ministério Público, em Natal, entre
representantes da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e das promotoras
de saúde de Angicos e do MP.
Na
ocasião o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, apresentou à
promotora de Justiça da comarca de Angicos, Liv Ferreira
Queiroz, e à promotora de Justiça Iara Maria
Pinheiro, os motivos que estão levando a Sesap a fazer o redimensionamento de
toda a rede hospitalar estadual, no qual o Hospital Regional de Angicos está
inserido.
Foi
apresentado às promotoras, o perfil daquela unidade hospitalar, que apresenta
atualmente uma baixa produtividade de serviços de média e alta complexidade,
contabilizando 1,89 procedimentos/dia, conforme relato prestado pela assessoria
de comunicação do Governo do Estado.
Em
contraponto com estes dados, o hospital realiza cerca de 700 procedimentos
ambulatoriais diários, de baixa complexidade, que são de responsabilidade da
atenção básica, ou seja, que deveriam ser realizadas pelo município.
Em
função disso, a manutenção desta unidade hospitalar acarreta uma despesa
financeira elevada para o Governo do Estado, em torno de R$ 1 milhão por mês,
onde somente com a folha de pessoal o gasto chega a R$ 307 mil, para manter
77 profissionais.
A
proposta da Sesap é buscar um entendimento junto aos prefeitos de Angicos e
municípios vizinhos, para construção de um consórcio municipal que melhore a
capacidade de resposta do hospital através de uma cogestão administrativa.
A
Sesap permaneceria com as despesas de infraestrutura (água, luz e telefone), R$ 200 mil mensais para os procedimentos médicos e manteria uma boa parte
dos servidores estaduais na unidade.
Os
outros servidores seriam remanejados para os hospitais regionais que darão
retaguarda a Angicos, como os hospitais dos municípios de Assú e Apodi.
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