Um
total de 35.207 cidadãos negros foi assassinado no país em 2011, segundo
levantamento feito pela Agência Brasil
com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do
Ministério da Saúde.
A
reportagem é assinada pelo repórter Vítor Abdala.
Cruzando
as informações do ministério com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), verifica-se que, em 2011, a taxa de homicídios dessa
população foi 35,2 por 100 mil habitantes, taxa 9% acima do que a observada
cinco anos antes, quando foram registrados 29.925 casos, ou seja, 32,4 por 100
mil habitantes.
Ao
mesmo tempo em que negros ficaram mais vulneráveis à violência nesses cinco
anos, a taxa de homicídios da população branca caiu 13%, ao passar de 17,1 por
100 mil habitantes em 2006 (15.753 em número absoluto) para 14,9 por mil em
2011 (13.895 casos).
Segundo
a reportagem, o dado reflete a grande disparidade racial que existe no Brasil,
quando se trata de vítimas de assassinatos.
Com
o aumento dos homicídios entre a população negra, a probabilidade de um preto
ou pardo ser vítima de assassinato no país passou a ser 2,4 vezes maior do que
a de um branco.
Em
2006, a proporção era 1,9.
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