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| Imagem: Ilustração |
De
acordo com o órgão, a soma supera todos os casos registrados desde 1995, cita
reportagem do portal G1 RN.
Os
números são um alerta, no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lembrado
em 28 de janeiro, porque superam o total de casos registrados entre 1995 e
2017.
Nesse
período de 22 anos, 36 trabalhadores tinham sido resgatados em situação análoga
à escravidão no estado.
As
operações realizadas em 2018 e 2019 flagraram “condições de vida e trabalho que aviltam a dignidade do ser humano e
caracterizam situação degradante”, de acordo com um dos relatórios dos
procuradores.
As
forças-tarefas se concentraram em cerâmicas e na extração da palha da carnaúba,
atividades encontradas na região do Vale do Açu, área de competência da
Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Mossoró.
Nenhum
trabalhador encontrado nas frentes da carnaúba, por exemplo, havia sido
registrado.
Os
arregimentadores também não forneciam quaisquer equipamentos de proteção
individual, apesar dos riscos que envolvem a atividade, e não havia qualquer controle
de jornada de trabalho.
Os
gastos com alimentação eram descontados dos trabalhadores e, ao final de cada
quinzena, cada um recebia entre R$ 300,00 e R$ 350,00, de acordo com a produção
da equipe.
Em
uma das frentes, foram encontrados trabalhadores obrigados a dormir no interior
do baú de caminhão velho, que também servia como local de moagem.
De
acordo com a Procuradoria, os trabalhadores dessas frentes são, na maior parte
das vezes, contratados em outras cidades e transportados irregularmente em
grupos para as propriedades onde atuam, ficando alojados nesses locais ou nas
proximidades.
Os
“ranchos” são os locais que eles identificam com sombra de árvores para armar
redes para descanso e pernoite, e para preparar e fazer as refeições.
Nos
espaços encontrados pelas operações, não havia nenhum tipo de estrutura física,
seja de alvenaria, madeira ou outro material, para servir de alojamento.


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