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| Imagem: Reprodução |
Todos
devem ser imediatamente afastados dos cargos, registra informação da assessoria
de imprensa da Procuradoria da República no RN (PR/RN), na capital do estado.
As
irregularidades – distribuição aos aliados da prefeita de “cotas” mensais para
aquisição de medicamentos com recursos públicos – foram alvo de uma ação de
investigação judicial do MP Eleitoral e ocorreram durante o primeiro mandato da
prefeita, intensificando-se nas vésperas das eleições de 2016.
Ela
fazia uso do contrato firmado pelo município com uma farmácia para conceder
vantagens a vereadores da base governista, aos quais se juntaram outros aliados
políticos com a proximidade das eleições.
Dentre
os beneficiários também condenados estão os vereadores Ana Fabrícia de Araújo
Silva Rodrigues de Souza, a Aninha de Cleide; Jefferson Monik Gonçalo Lima de
Melo; Mário Augusto Ferreira de Farias Guedes; Raimundo Fernandes Soares;
Tarcísio Reinaldo da Silva; e Thiago Augusto Fonseca Gomes, o Doutor Thiago.
De
acordo com as investigações, cada um dos beneficiados tinha um limite mensal
fixo de compras de medicamentos denominado “cotas”.
A
dos vereadores era de R$ 900,00, enquanto para os demais aliados foram fixados
diferentes tetos de compra.
O
controle era feito pela drogaria em cadernos específicos para cada “cliente”,
nos quais eram anotados à mão os respectivos consumos, com descrição de
data/medicamente/valor.
Se
a cota não fosse usada dentro do mês, era repassada para o mês seguinte e o
limite foi extrapolado nas proximidades das eleições.
“Vê-se, à toda evidência, que o aumento
significativo dos valores pagos à farmácia, tanto em nível global quanto
individual (vereadores), justamente nos meses que antecedem a eleição revela
que as condutas em apuração ostentam nítido desiderato de influenciar no pleito
eleitoral que, à época, se avizinhava”, concluiu o juiz Wlademir Capistrano
(foto), relator do processo no TRE/RN.
A
decisão do TRE – que seguiu parecer do MP Eleitoral – decretou, além da
cassação dos diplomas e do afastamento dos cargos, a inelegibilidade dos
condenados por um período de oito anos.
Outros
seis envolvidos foram condenados à inelegibilidade por igual período, Francisca
Frassinete Dantas Gomes e Marcos Antônio Gomes dos Santos (proprietários da
farmácia); Myllena Sanneza de Lima Bulhões Ferreira (secretária de saúde);
Sueli Gomes Crisanto Reinaldo (secretária de Finanças); Acrísio Gomes Júnior
(ex-vereador e pai do atual vereador Thiago Fonseca); e Genaro Fernandes da
Silva Filho.


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